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Em audiência pública, Thiago dá largada ao debate sobre mínimo regional
Na audiência pública que discutiu o salário mínimo regional na Assembleia nesta segunda-feira, o deputado Thiago Peixoto (PMDB) destacou a importância do diálogo entre a classe sindical e empregadora e a disposição entre esses dois lados para que possa ser construído um projeto que reflita a realidade da economia goiana.
Thiago Peixoto, que é economista, acredita que o aumento do salário mínimo para trabalhadores que não têm piso definido por lei, convenção ou acordo salarial é urgente e necessário. “É uma medida imprescindível para minimizar a má distribuição de renda”, afirmou o parlamentar.
O coordenador de Relações do Trabalho da Secretaria Estadual de Cidadania e Trabalho do Paraná, Núncio Miranda, veio à Goiânia especialmente para participar da audiência. Ele comprovou estatisticamente que a economia paranaense cresceu após a implantação de salário mínimo que atualmente varia entre R$ 663 e R$ 765.
Já o presidente da Associação Goiana das Empresas Prestadoras de Serviço do Estado de Goiás, Leonardo Otoni, colocou em pauta as preocupações do empresariado. Para ele, o aumento do salário mínimo em Goiás poderia motivar grandes empresas a investirem em outros Estados de nossa região, que passariam a ter mão de obra mais barata.
Primeiro passo
Thiago enfatizou ainda que esse foi só o primeiro passo de uma longa caminhada. “Plantei a semente da discussão para que, agora, em cima de dados concretos, possamos tocar pra frente o projeto”, afirmou. O deputado planeja promover outras reuniões para que a discussão possa ainda dar bons frutos a Goiás.
No Brasil, além do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina também implantaram o salário mínimo regional. A Lei Complementar n° 103, de 14 de julho de 2000, deu aos Estados autonomia para definir pisos salariais cujos valores superam o salário mínimo nacional em vigor (atualmente, de R$ 510).