Ícone alego digital Ícone alego digital

Notícias dos Gabinetes
Karlos Cabral participa da reunião com produtores rurais de Goiás

12 de Dezembro de 2012 às 15:19

Durante a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), desta terça-feira, 11, o Governo anunciou a retirada do item G do projeto da Governadoria que trata do aumento de taxas da Agrodefesa em todo o Estado.

Após o anúncio da retirada, o deputado Karlos Cabral juntamente com outros deputados da Casa se reuniu para uma audiência no Auditório Costa Lima, com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - FAEG, José Mário Scheriner, o presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano – Comigo, Antônio Chavaglia, e representantes do setor produtivo rural.

O deputado Karlos Cabral, líder da bancada do PT, membro da Frente Parlamentar do Agronegócio e da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, foi contra este projeto desde o início. Ele ressalta que se dependesse dos deputados esse projeto estaria aprovado, pois a Casa tem uma maioria esmagadora de parlamentares que atendem a voz do governador.  “O mérito é exclusivamente dos produtores rurais, cooperativas juntamente com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG que lutaram por esta causa”.

Karlos adverte que a proposta poderá voltar a Casa em fevereiro do próximo ano, através de outro projeto, é preciso uma atenção da classe organizada ao lado da FAEG em discutir antecipadamente com o Governo as alterações, de forma que estas atendam todos os interesses do setor produtivo rural.

O presidente da Comigo, Antônio Chavaglia fez o uso da palavra e analisou as dificuldades que a população lida como compradores de serviços do Governo. “Hoje pagamos 29% de imposto sobre a energia, 29% sobre o petróleo, todo peça e equipamento tem imposto. Pagamos muito caro como consumidores do serviço do Estado e a devolução em prestação de serviço é mínima”.

Para ele o que é relevante é quanto o setor paga para o Estado como consumidor e como produtor. “Quanto o Estado está arrecadando naquilo que o setor está consumindo de energia e de combustível? Existe uma incoerência entre o serviço que nós usamos do Governo, o que nós pagamos e o serviço que realmente presta, seja ele estadual ou federal, pagamos por um serviço que não temos de fato” enfatiza Chavaglia.

Chavaglia mencionou a dificuldade que a cooperativa encontrou na construção e ampliação de seus armazéns. Pelas divergências entre Celg, a Agetop e o Governo Federal, foi preciso gastar com a compra de motores a diesel para gerar a energia e em outras ocasiões foi necessário puxar mais de 20 km de fiação para levar energia até o armazém. Com estes gastos os custos do produtor aumentam em média 20%. Custos estes que afetam também o consumidor, uma vez que os produtos vão ficar mais caros.

Outra questão mencionada pelo presidente da Comigo é a dificuldade de se conseguir a licença ambiental expedida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente para a construção dos armazéns, o que na maioria das vezes demora cerca de um ano.

Chavaglia ressalta que, por essa demora a Comigo, terá que pagar mais quatro milhões de reais de juros, visto como a cooperativa conseguiu a aprovação do recurso de 70 milhões de reais do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO, com juros de 2,5% ao ano, recurso que ficou aprovado por seis meses, mas como a licença demorou cerca de um ano, a cooperativa perdeu o recurso com o juro baixo e agora conseguirá com a taxa de 5%, ou seja, quatro milhões de reais a mais em juros que será pago pela demora no trabalho exercido pelo Governo do Estado.

É notável que a classe se sente desprestigiada pelo Governo Estadual e Federal. Cobram altas taxas e oferecem um serviço de péssima qualidade, que não atende as necessidades dos produtores e empresários e muitos menos ao valor cobrado pelo serviço. “Queremos pagar pelo serviço que recebemos do Governo, mas queremos como retorno, uma prestação de serviço de qualidade, finaliza o presidente da Comigo”.

Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.