"Sim, é possível". Essa foi a certeza do deputado Thiago Peixoto (PMDB) após palestra do presidente do Instituto de Corresponsabilidade Educacional (ICoE), Marcos Magalhães, nesta terça-feira, na Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg). "Marcos deu uma verdadeira aula e encheu de esperança os presentes. Provou que é possível oferecer Educação pública de qualidade. Só é preciso dedicação e boa vontade", avaliou o parlamentar peemedebista.

Parceiro do movimento Todos Pela Educação, o presidente da Acieg, Pedro Bittar, foi o responsável pela abertura do evento. Além de professores e diretores, também marcaram presença o presidente da Acieg Jovem, Paulo Ricardo Vale; o presidente do PMDB Jovem, Cristian Gomes; a ex-secretária estadual de Educação Eliana França; diversos secretários municipais de Educação do interior; a prefeita de Buritinópolis, Maria Aparecida Costa, dentre outros.

Ao contar da profunda reforma - física e educacional - que promoveu no Ginásio Pernambucano, em Recife, Marcos enfatizou a importância de uma gestão eficiente e comprometida com a qualidade do ensino. Para isso, ressaltou que a valorização dos professores tem papel fundamental nesse processo. "A figura do professor é a essência do processo escolar. Mas não podemos nos esquecer da infra-estrutura", destacou.

Corresponsabilidade
"O sucesso de um projeto passa pela fragmentação da responsabilidade", afirmou o presidente do ICoE. Segundo ele, Educação é responsabilidade de todos e só dessa forma é possível qualificar o ensino público no Brasil. "O setor empresarial pode e deve investir na Educação por dois motivos: um egoísta e outro cidadão. O lado egoísta é porque ela gera mão-de-obra qualificada e consumidor em potencial. O lado cidadão por tornar possível a ascensão intelectual e social", definiu.

De acordo com o palestrante, os 25% constitucionais destinados à Educação são mais do que suficientes para reverter a situação de descaso e incompetência em que se encontra a rede pública de ensino no Brasil. "Há bastante recurso. O problema é que ele é muito mal gerido", alfinetou. Segundo ele, é preciso encarar a escola como "uma empresa, com missão, meta, resultado premiação e recompensa".

Marcos Magalhães afirmou que um sistema educacional, por mais eficiente e inovador que seja, só se consolida quando se transforma em políticas públicas que tenham continuidade, compromisso, qualidade e eficiência. "E o custo disso por aluno é cerca de dez vezes menor do que o que o governo tem com um presidiário", arrematou.