"Agora não é hora de nos atermos nos culpados do passado. Precisamos olhar pra frente. Precisamos focar na gestão atual. Descobrir quem quebrou ou não quebrou a empresa não resolve em nada o problema da companhia. Temos é que tratar dos contratos terceirizados, dos empréstimos contraídos a juros altíssimos, isso sim", pontuou o deputado Thiago Peixoto (PMDB) na tarde desta quinta-feira na Assembleia.

Na mesma sessão, o parlamentar apresentou requerimento convocando o presidente da empresa, Carlos Silva, para vir à Casa prestar esclarecimentos sobre a possível federalização da Celg. Thiago enfatizou que sempre será a favor da transparência. No entanto, segundo ele, há uma discussão importante agora sobre o futuro da empresa e que a Assembleia "está de fora" do processo. Ele se referia à transferência de ações da Celg para a Eletrobás em troca do empréstimo do governo federal.

"Não queremos apenas anúncios. Queremos ações específicas para salvar a empresa", afirmou ainda o deputado na tribuna em referência às promessas do presidente Lula de socorrer a estatal. "As declarações do presidente em sua passagem por Goiás até agora resultaram apenas em uma CPI", completou.

PMDB na CPI

Para o deputado, a divisão dos poderes é fundamental para uma CPI equilibrada e justa. "Essa comissão deve ser imparcial e, como os outros membros são simpáticos ao governo Marconi Perillo e a presidência provavelmente irá para algum deputado governista, a relatoria deve ficar com o PMDB", destacou o peemedebista.

O líder do Governo, deputado Evandro Magal (PSDB), fez questão de parabenizar o deputado peemedebista por sua "sobriedade". Magal concordou que o momento é propício para vislumbrar o futuro. "A discussão de quem quebrou a Celg não vai ajudar em nada", reforçou.