A audiência pública proposta pelo deputado estadual Thiago Peixoto (PMDB) acerca do último concurso da Educação esclareceu dúvidas em relação às provas, discutiu a possibilidade de realização de um novo concurso - com isenção da taxa de inscrição - e debateu o déficit no número de professores no Estado de Goiás.

Além de integrantes do movimento Pró-Concurso Justo da Educação, estavam presentes o deputado Mauro Rubem (PT), a educadora Ana Cristina Kratz, representando a Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), e a presidente do Sindicato dos Professores de Goiás (Sintego), Ieda Leal.

De acordo com Ieda, embora o governo do Estado tenha anunciado o concurso para o preenchimento de quatro mil vagas, o déficit, na verdade, pode passar de oito mil. “Gostaríamos de saber o verdadeiro número. A Secretaria de Educação não nos conta de jeito algum. É algo trancado a sete chaves”, reclamou.

Para Thiago Peixoto, as milhares de vagas ainda em aberto é o principal problema a ser sanado pela secretaria de Educação. “A titular da pasta, Milca Severino, disse que o concurso exigiu muito, porque esperavam ter os melhores professores na rede estadual de ensino. Mas ao contrario do que ela alega, os critérios estabelecidos pela própria secretaria não são garantias de que a qualidade no ensino aumentará. Existe uma contradição no que Milca disse”, falou.

Segundo Fabrício Queiroz, do movimento Pró-Concurso, o motivo maior da revolta foi o “altíssimo” ponto de corte de 70% nas provas. “Nós questionamos a secretaria e fomos ignorados”. Para ele, a falta de diálogo mostra o “desrespeito” com a classe dos professores. “Estamos aqui para discutir o que for melhor para todos. Mas o que queremos é a abertura de um novo concurso e esperamos que não fique só na promessa”, desabafou.

Omissão

Os participantes da audiência pública cobraram a presença da secretária Milca Severino e de representantes do Ministério Público, que não compareceram. No final do debate ficou acertado um novo encontro a ser realizado na semana que vem.