O deputado Thiago Peixoto (PMDB) avalia como “urgente” e “necessária” a substituição do quadro de professores com contratos temporários na rede pública estadual por profissionais concursados. A opinião do peemedebista tem a ver com o anúncio, feito pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) na semana passada, de um novo concurso público.

Thiago também diz estar preocupado com a possibilidade de o processo seletivo não suprir a demanda de profissionais em sala de aula – aos moldes do que ocorreu no concurso realizado no segundo semestre de 2009 por conta do ponto de corte considerado alto por muitos candidatos.

“Isso eu não questiono. Quanto mais professores capacitados, melhor. O que defendo, com veemência, é que se as vagas não forem preenchidas imediatamente, que novos concursos sejam realizados o quanto antes”, explica o parlamentar. “É preciso que cheguemos a um patamar onde não será mais preciso fazer contratos temporários que, nem sempre, são regidos por mérito e competência”, acrescenta.

O edital publicado para o atual concurso reduz a nota mínima necessária para a aprovação dos candidatos na prova objetiva para 50%. A Seduc garante que essa redução não tornará o processo seletivo menos rigoroso.

Déficit

Estima – se que o Estado tem um déficit de aproximadamente quatro mil professores em sua rede pública. No final de 2009, em concurso realizado pela Seduc, de um total de 24.105 candidatos, apenas 3% atingiu o ponto de corte mínimo de 70% da prova, fato que causou revolta entre os candidatos.

Para Thiago, um fator preponderante para que o concurso da Seduc consiga atrair profissionais mais capacitados, seria a valorização profissional com bons salários. No entanto, o parlamentar acredita que pagar pouco a mais que o piso profissional - que é o que o atual concurso oferece - não conseguirá esse feito.