A equipe de assessores do deputado Karlos Cabral (PT) participou na manhã desta quarta-feira, 27, quarta-feira, do movimento que pede a revisão da Lei nº 6.683, promulgada em 1979, ainda sob o governo da ditadura militar. A chamada Lei da Anistia foi criada com objetivo de reverter as punições dos cidadãos brasileiros que cometeram crimes políticos entre os anos de 1961 e 1979. Porém, o texto da lei dá margem para que os agentes da ditadura e até mesmo os responsáveis pela prática de tortura, considerada um crime lesa-humanidade, sejam beneficiados.

Inconformados com este fato, um grupo de lideranças goianas, entre elas assessores do deputado Karlos Cabral, protocolaram uma carta aberta no STF (Supremo Tribunal Federal), assinada por 62 entidades democráticas, que solicitam a revisão da Lei. A iniciativa foi da Comissão da Verdade, Memória e Justiça do Sindicato dos Jornalistas de Goiás em parceria com o Comitê Goiano de Verdade, a Associação dos Anistiados de Goiás e representantes dos demais signatários da Carta Aberta. Também estiveram presentes professores, alunos e outras autoridades.

Após protocolarem a carta, os participantes se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente à estátua que representa a Justiça, em ato político, ressaltando a importância da sociedade civil organizada para levar adiante as lutas pelo aprofundamento da democracia. Depois os goianos se deslocaram até o Congresso Nacional, onde visitaram os gabinetes das lideranças.

Políticos cassados

Em 1º de abril, o deputado estadual Karlos Cabral realizou uma solenidade de devolução simbólica dos mandatos dos políticos cassados em Goiás durante a ditadura militar.

O evento foi realizado em parceria com a Associação dos Anistiados Políticos do Estado de Goiás (Anigo). Na ocasião, Karlos Cabral prestou homenagem aos cinco deputados federais e três senadores goianos cassados, destacando Pedro Ludovico Teixeira e Juscelino Kubitschek. “Esta sessão busca reparar as injustiças cometidas pela ditadura e fortalecer a democracia,a liberdade e a justiça”, afirmou Karlos Cabral.