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Notícias dos Gabinetes
Karlos Cabral alerta: “Reforma Administrativa não traz grande economia”

05 de Dezembro de 2013 às 11:38

O líder do PT, Karlos Cabral, se posicionou contrário ao projeto que promove a reforma administrativa no governo estadual, por acreditar que o projeto não trará economia real.

De acordo com o parlamentar, o projeto foi lido na íntegra, e  no texto não há alusão à extinção de cargo. “O que o governo está fazendo, é exonerando por meio da Assembleia. Eu não vou carregar o ônus pelas demissões que o governador quer e pretende fazer, mas não tem coragem”, se posicionou.

A emenda apresentada pelo deputado, que sugeria a extinção de 5,1 mil cargos comissionados foi rejeitada. “A emenda ajudaria o projeto. Eu estou aqui é para fiscalizar o poder público estadual e também para ajudar o governador a melhorar a gestão” afirmou Karlos Cabral, que defende a contratação de servidores aprovados em concursos públicos para áreas prioritárias, como Saúde, Educação e Segurança Pública.

“Se a questão é moralizar, então faça concurso. Se o governador diz que demitir comissionado inviabiliza a administração, que faça concurso público e os substitua”, sugeriu.

Karlos Cabral também mostrou os dados obtidos no portal da Transparência Goiás, que aponta Goiás como o maior número de funcionários comissionados na administração direta e indireta em todo país, com mais de 10 mil comissionados. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em São Paulo existem 1.657 e 2.138 no Rio Grande do Sul.

Grande parte dos comissionados são assistentes de gabinete, supervisores e assessores especiais, em contrariedade com a previsão constitucional que estabelece cargos comissionados apenas para chefia, direção e assessoramento.

Além disso, em pesquisa realizada com dados do “Goiás Transparência”, dos 48 órgãos do Estado, 33 contém mais de 20% de comissionados. Em Goiás, 15 órgãos possuem mais comissionados que efetivos.

“Nós estamos querendo mudar essa realidade e o relator do projeto, além de manter o erro do governador, ainda propôs a criação de três gerências. Veementemente discordamos, já que a justificativa de uma “reforma” na administração pública é a redução de gastos. Portanto, não há motivo para se criar gerências. Em nossas emendas solicitamos a supressão das gerências, para que no momento em que se pretende “enxugar” a máquina administrativa não seja permitido que o governo novamente camufle suas reais intenções”, explicou Karlos Cabral.

A matéria teve sua votação em Plenário prorrogada e seguirá agora para a Comissão de Constituição Justiça e Redação (CCJ), onde será analisada a emenda.

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