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Senadora Ana Rita (ES) discute Tráfico Humano na Cidade de Goiás
Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de 23 municípios que compõem a Diocese de Goiás participaram do 4º Encontro de Fé e Política na manhã desta quinta-feira, 15, na Cidade de Goiás. O objetivo foi debater o tema Tráfico Humano com a senadora Ana Rita (PT/ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, e com o deputado estadual Karlos Cabral (PT/GO), membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás.
Durante o encontro, o bispo emérito da Diocese de Goiás, Dom Tomás Balduíno, morto em 2 de maio após complicações de saúde, foi lembrado por sua luta contra a exploração do ser humano.
A senadora Ana Rita lembrou que o debate sobre o tráfico humano é recente, apesar de ainda hoje não ser feito em profundidade, principalmente, por falta de pessoas que se dediquem ao estudo do tema. “Quando a gente fala do tráfico de pessoas, existem grupos que tentam fechar as portas”, explicou.
Além disso, o maior problema para combater este tipo de exploração é a falta de informação. Convencidos por falsas vantagens, homens e mulheres aceitam propostas que acreditam ser benéficas, transformando-se em objetos nas mãos de aliciadores. Muitas vezes a sociedade até sabe de casos próximos, mas devido ao fato do tráfico está ligado ao trabalho, acabam não denunciando.
O deputado estadual Karlos Cabral chama atenção da sociedade goiana para reflexão sobre o tema que vitimiza muitas pessoas de Goiás, pois “o estado não oferece condições de trabalho digno e de sobrevivência, afirma.
O primeiro passo, segundo ele, para conseguir enfrentar a exploração é debater o assunto, quebrando os vários mitos ligados ao tema que ainda prejudicam o avanço de uma solução. “ É preciso entender que este é um problema social e fazer que as pessoas participem das discussões e cobrar que o estado tenha uma ação intervencionista neste campo”, explica Karlos Cabral.
Campanha da Fraternidade
A temática do evento era Tráfico Humano e Fé, mesmo tema da Campanha da Fraternidade deste ano. A discussão surgiu com a proposta dos Grupos de Trabalho de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo, junto à Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a entidades ligadas à Pastoral da Mobilidade Humana.