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Empresas goianas terão ajuda para exportação
Incentivar e ensinar as micro e pequenas empresas goianas a comercializarem seus produtos no mercado internacional, elevando de 4% para 10% a participação desse segmento nas exportações feitas pelo Estado. Estes são os principais objetivos do Programa Primeira Exportação, lançado no início desta semana, em Goiânia, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A iniciativa é louvável e deve ser comemorada por todos os empresários, pois além de ajudar as micro e pequenas empresas a comercializarem seus produtos em outros países o programa dará apoio técnico para que elas consigam adaptar suas mercadorias às exigências dos mercados internacionais e conquistar parceiros fora do Brasil.
Acredito que o programa do MDIC - que deve ser coordenado em Goiás pela Secretária de Comércio Exterior (Secomex) em parceria com a Federação da Indústria do Estado (Fieg) e com o Sebrae-GO - deve ter muita boa aceitação entre os goianos, pois estes já conhecem iniciativas de sucesso semelhantes. As primeiras foram promovidas pelo governador Marconi Perillo que, desde o seu primeiro mandato em 1999, procurou viabilizar a participação do empresariado goiano em eventos fora do País.
Na época, eram levadas comitivas em missões realizadas em países do Mercosul, Europa e Ásia, por exemplo, onde os empresários conseguiam ampliar mercados e incorporar novas tecnologias. Sou testemunha do sucesso dessas missões empreendidas e parabenizo o Governo do Tempo Novo pelas iniciativas, pois eu mesmo estive em duas realizadas na Rússia e na Polônia. Na ocasião, o empresariado goiano teve oportunidade de mostrar seus produtos e serviços para um mercado grande e altamente competitivo.
Vale lembrar que antes de ser administrado pelo governador Marconi Perillo, as empresas goianas exportavam apenas para 40 países. Hoje, as mercadorias e serviços produzidos no Estado podem ser encontrados em mais 180 países. Com o Programa Primeira Exportação, acredito que deverá haver um incremento ainda maior nos negócios, aumentando significativamente o número de mercados externos e a diversificação da pauta de embarques.
Atualmente, 160 micros e pequenas empresas goianas participam do comércio exterior e vendem, em média, US$ 112 mil por ano cada uma. Com o Programa Primeira Exportação, outras 20 empresas serão, inicialmente, beneficiadas. As áreas priorizadas, nesse primeiro momento, serão as de confecção, calçados, bebidas, alimentos, software, jóias e gemas. O projeto pode até parecer de pequeno alcance, mas, como assegurou o próprio secretário substituto de Comércio Exterior do MDIC, Fábio Martins Faria, a idéia é fazer dele um número agregador, que possa servir para multiplicar ainda mais essa participação.
As inscrições para as empresas participarem do programa já estão abertas. Conclamo os empresários goianos a buscarem mais informações sobre o assunto porque as exportações são um diferencial de agregação de valor para as companhias. Isso porque, além de ampliar mercados, as vendas no mercado externo permitem que as empresas consigam aperfeiçoar e divulgar suas marcas.
Este passo pode ser considerado difícil por causa das barreiras e da burocracia. Mas, com o auxílio recebido, acredito que o caminho mais difícil já foi trilhado, que é a empresa se constituir e ser competitiva no mercado interno. O reconhecimento fora País será apenas conseqüência de um trabalho bem feito, realizado em parceria com um governo sério e responsável.
Daniel Goulart é deputado estadual, vice-presidente do PSDB-GO e presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de Goiás