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Vanuza faz alerta sobre Ipasgo e pede respeito a servidores
Já há algum tempo o Ipasgo - Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado de Goiás vem sendo destaque na mídia, porém de forma negativa. O Instituto que deveria prestar assistência a seus beneficiários não consegue se adaptar nem a demanda nem a tecnologia disponível para fornecer conforto na fase administrativa do procedimento médico e o que para a deputada Vanuza Valadares é o mais sério, parece que o Instituto não consegue se adaptar aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública, como por exemplo, o princípio da eficiência.
A deputada Vanuza Valadares ao analisar a história do Ipasgo verificou um contínuo descaso com os usuários. Em 2000 foi preciso a intervenção do Ministério Público para que o Instituto assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para instalar um sistema informatizado para atualizar as informações cadastrais dos usuários. No mesmo termo ainda constava que o Ipasgo deveria acabar com as filas e reformular o sistema de revalidação das carteiras dos segurados, além de possibilitar o uso de um cartão magnético que proporcionasse o auto-atendimento.
Vanuza Valadares também mostrou preocupação quanto à "saúde financeira" do Instituto. Os valores consignados em folha dos funcionários públicos vão para uma conta do Estado e não para a conta do Ipasgo. Segundo a deputada, este procedimento acaba gerando um grande problema para todo o sistema do Ipasgo, principalmente porque o Estado não repassa os créditos do Ipasgo na mesma data do desconto. Desta forma, ressalta Vanuza, os prestadores de serviço de saúde juntamente com os usuários acabam sendo penalizados. Os prestadores de serviço, porque não recebem, e a população, porque acaba sofrendo com o pedido de descredenciamento destes profissionais que se vêem em uma difícil situação de continuar trabalhando sem receber.
Vanuza também salienta sua preocupação quanto ao recente anúncio de restrição ao atendimento do usuário na mesma época em que o Ipasgo anunciou um aumento de 42% no custo da contribuição de dependentes como medida de "readequação de contas", seguida de um caráter nitidamente restritivo.
Vanuza Valadares, que antes de ser deputada era a administradora financeira da Gráfica Valadares, em Porangatu, diz que esta atitude contraria as regras da administração. A deputada salienta que o acréscimo dos custos sem o aumento do salário do funcionalismo não se justifica, ainda mais, combinado com uma medida que restringe o acesso do usuário a certos tipos de exame.
Vanuza lembra que em um cenário de inflação que não ultrapassa o índice de 1% ao mês, o reajuste de 42% mostra o descompasso da administração do Instituto com a realidade de seus usuários.
Para debater a situação do Ipasgo, será realizada na segunda-feira (10), na Assembléia Legislativa, audiência Pública que contará com a participação dos deputados José Nelto, Vanuza Valadares, Mauro Rubem, Isaura Lemos e Adriete Elias.
Segundo a deputada Vanuza Valadares, a previsão é de que o auditório fique lotado pelos prestadores de serviço do Instituto e também pelos usuários, quando todos poderão expor as suas posições sobre o Ipasgo.
Matéria Publicada: Jornal Diário do Norte
Edição: 761
10/11/2008