Notícias dos Gabinetes
Vanuza comenta a matéria Desertificação Avança no Araguaia
Quero parabenizar o jornal Diário da Manhã e os jornalistas Alfredo Mergulhão e Moacir cunha Neto pela matéria e também a equipe da professora Rosane Amaral do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás por esta pesquisa que nos serve como um alerta sobre as atividades agropecuárias e o assoreamento do rio Araguaia.
A importância deste tipo de estudo é servir de balizamento para as ações políticas.
Desta forma é possível verificar o que deve ser prioridade e estabelecer metas. A pesquisa indica que já é possível perceber em toda a extensão do rio Araguaia a degradação provocada pela ação humana.
O estudo foi concluído com base em pesquisas realizadas durante trinta anos, entre as décadas 60 e 90 que verificou a quantidade de areais existentes.
A partir da década de 80 houve o surgimento dos bancos de areia, mesma época em que os usos do solo para pastoreio, agricultura e monocultura de soja foram intensificados.
Quanto ao desmatamento, a região que mais causa preocupação devido o alto índice de perda da vegetação nativa é no curso superior do Araguaia, que abrange os municípios de Barra do Garças no Mato Grosso, Alto Araguaia e Baliza em Goiás.
O nosso caro professor Altair Sales Barbosa do Instituto do Trópico Subúmido da Universidade Católica de Goiás, também falou sobre esta situação.
O professor nos alerta sobre os projetos de irrigação que agravam a situação do Rio Araguaia, pois contribuem para a diminuição gradativa do nível de volume de água.
E segundo o professor Altair, os canais de água que abastecem as represas artificiais podem ser encontrados em quase toda a extensão do rio. E este pode ser considerado o retrato da constante agressão que o Rio Araguaia vem sofrendo.
Aproveito para pedir ao governo maior atenção à população que vive do Araguaia. É preciso campanhas de conscientização, inclusive para garantir que todas as pessoas tenham acesso às águas do rio e se tornem fiscais deste grande recurso natural.
É preciso respeitar as áreas de proteção ambiental conservando os 50 metros de mata ciliares em ambas as margens do rio e combater a monocultura que tanto agride o solo.
Tudo isto está previsto na nossa legislação e certamente na nossa consciência. Acredito que temos que praticar o nosso amor por este patrimônio ambiental e cultural.
Rico em biodiversidade e inspirador de tantas canções e poesias goianas.