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Notícias dos Gabinetes
Henrique Arantes quer que postos divulguem versões da gasolina comum

08 de Outubro de 2015 às 09:41

Atualmente os postos de combustíveis no Brasil comercializam dois tipos de gasolina comum: a formulada e a refinada. Ambas variações do combustível fóssil são diferentes, tanto na composição como no desempenho. Por isso, o deputado estadual e 1º secretário da Assembleia Legislativa de Goiás, Henrique Arantes (PTB), apresentou, nesta quarta-feira, 7, projeto de lei para obrigar postos de combustíveis a informar qual versão do combustível é vendido aos seus clientes.

A versão ‘formulada’ da gasolina foi regulamentada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2011 e, desde então, vem sendo comercializada no país. Entretanto, ela apresenta em sua estrutura química cerca de 200 componentes e resíduos da destilação, o que a torna mais leve e mais propensa ao processo de queima no motor.

Normalmente, o melhor agente de combustão entre os dois casos é a versão ‘refinada’, pois, está livre de substâncias encontradas no petróleo in natura, que se desprendem durante processo de refinaria. Ao comparar as duas variedades, especula-se que a gasolina formulada tem um rendimento entre 10% a 15% mais baixo que a refinada.

Valores

Por ser mais leve e ter maior facilidade de explosão, a versão formulada também é mais barata. “Sabemos que na prática, o consumo não é o mesmo. O motorista acaba nem percebendo a queda no rendimento do veículo, mas o reflexo disto vai parar direto no bolso”, argumentou Arantes.

Devido à diferença de preços, o projeto de lei determina inclusive a informação sobre os valores de cada tipo da gasolina. Com base nisto, Henrique analisa que, sem transparência, os postos ficam livres para marcação de preços e o consumidor acaba refém da falta de clareza. “O comércio da gasolina formulada não é ilegal. Só não é informada. Desse jeito, o consumidor corre o risco de pagar mais caro por um produto que nem leva pra casa”, defendeu.

Modelo

O parlamentar destaca ainda que a proposta não é novidade no país e já foi promulgada em outros Estados, como Espírito Santo e Paraná. Por esse motivo, ele acredita que há grandes chances do projeto ser bem visto em Goiás, ser aprovado e ainda começar a valer o quanto antes em benefício do consumidor. O deputado também prevê que a lei possa acabar se estendendo a todo o país, em breve.

Este não é o primeiro projeto de Henrique Arantes, que busca transparência nos postos de combustíveis. Em julho deste ano, o governador Marconi Perillo sancionou a lei que obriga os estabelecimentos a informar a diferença entre o preço do etanol e da gasolina. O objetivo deste outro projeto é garantir a chance de escolher qual combustível é mais vantajoso para o consumo, considerando custo-benefício. 

Entenda a diferença entre as duas versões da gasolina comum:

FORMULADA  REFINADA

- Produzida em laboratório; 

- Produzida em refinarias;

- Fabricada a partir de restos da gasolina refinada misturada a produtos químicos;

- Fabricada a partir do processo de destilação e refino do petróleo; 

- É mais leve;

- É mais pura; 

- Composição recebe cerca de 200 solventes químicos;

- Composição recebe 25% do álcool anidro, permitidos pela legislação; 

- Valor é cerca de R$ 0,20 mais barata;

- Não é a gasolina aditivada; 

- Rende de 10% a 15% menos, por ter mais facilidade de explosão (queima no motor);

- Tem melhores rendimento e desempenho no motor;

- Representa 40% do mercado nacional, segundo ANP;

- Representa a maior parte do mercado no país; 

- Tem coloração alaranjada e mais escura; - Tem coloração mais amarelada e é mais clara;

- O cheiro é mais forte.

- O cheiro é mais fraco; 

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