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Notícias dos Gabinetes
Leis antifumo reduzem ataques cardíacos em um terço

22 de Setembro de 2009 às 13:02
  

Para o deputado Júlio da Retífica (PSDB), os estudos americanos publicados nesta semana que indicam que as leis antifumo tiveram um impacto bem maior do que o esperado na prevenção de ataques cardiacos vem “comprovar que estamos no caminho certo ao propormos que o fumo seja proibido em todo Estado em ambientes de uso coletivo”, destacou o deputado.

Autor do Projeto de Lei 372 que proíbe o uso de substâncias fumígenas em ambientes coletivos, aprovado pela Assembleia Legislativa e enviado à sanção do governador, e do Projeto de Lei 377 que institui o certificado “Espaço Livre do Fumo” para estabelecimentos públicos e privados, o deputado Júlio da Retífica vê no estudo, divulgado pela BBC Brasil um importante aliado à luta contra o fumo.

“Trata-se de bases cientificas e de sérios estudos que comprovam os malefícios causados pelo uso de substâncias tóxicas contidas em produtos fumígenos, tanto pelos que fazem uso e principalmente para os fumantes passivos, que sofrem as terríveis conseqüências”, ressalta o deputado.

De acordo com as pesquisas, o número de ataques cardíacos na Europa e América do Norte chegou a cair em torno de um terço após a introdução das leis que proíbem o fumo em locais públicos. O primeiro estudo, realizado pela Universidade do Kansas, realizou uma revisão sistemática de 10 relatórios de 11 regiões diferentes nos EUA, Canadá e Europa que adotaram as leis antifumo.

Os resultados, publicados na revista científica Journal of the American College of Cardiology, indicam que o número de ataques cardíacos reduziu em até 26% por ano depois da adoção das leis.

"A proibição do fumo em locais públicos parece ser tremendamente eficaz em reduzir os ataques cardíacos e, teoricamente, também podem prevenir o câncer de pulmão e o enfisema", afirmou David Meyers, que liderou a pesquisa.

Segundo ele, os benefícios cardíacos aumentaram conforme o tempo de vigência das leis. O pesquisador afirma que os primeiros efeitos positivos puderam ser percebidos logo nos três primeiros meses de vigência das leis, quando o número de ataques cardíacos já apresentou um declínio.

A segunda pesquisa sobre o assunto, realizada pela Universidade da Califórnia e publicada na revista científica Circulation, analisou 13 pesquisas sobre o tema realizadas na América do Norte, Itália, Escócia e Irlanda.

Os resultados mostram que, apesar das diferenças regionais, a redução do risco de ataques cardíacos após a adoção das leis antifumo foram consistentes e chegaram a 17% apenas no primeiro ano de vigência da lei.

Assim como na pesquisa anterior, o impacto positivo das leis também aumentou conforme o tempo de vigência da legislação e o risco de ataques cardíacos chegaram a cair 36% nos três anos após a adoção das novas leis.

"Obviamente não vamos reduzir os ataques cardíacos a zero, mas essas descobertas nos dão provas de que no curto e médio prazo, a proibição dos fumos em locais públicos prevenirá muitos ataques", disse James Lightwood, que liderou a pesquisa.

"O estudo contribui para as fortes evidências de que o fumo passivo causa ataques cardíacos e que aprovar leis antifumo em locais de trabalho e espaços públicos é algo que podemos fazer para proteger o público", afirmou o pesquisador.
De acordo com Ellen Mason, da ONG British Heart Foundation, o estudo mostra o impacto positivo das legislações que proíbem o fumo em locais públicos na saúde cardíaca.

"As estatísticas mostram ainda a rapidez com a qual os benefícios podem ser sentidos depois da adoção das leis e indicam como o fumo passivo pode ser perigoso para o coração", disse Mason.

"Se você é um fumante, a única coisa grande que pode fazer para prevenir ataques cardíacos é parar de fumar, o que também pode proteger a saúde de seus amigos e familiares", afirmou. 

O deputado Júlio da Retífica diz que espera “que em breve tenhamos pesquisas semelhantes no país, principalmente em Goiás, comprovando que acertamos em legislar a favor da saúde pública de nossa população.”

 

Com informações da BBC Brasil. 
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