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Caminhada lembra os 04 anos do assassinato de Valério Luiz Oliveira.
Uma caminhada no anel da Praça Cívica lembrou os quatros anos da morte do cronista esportivo Valério Luiz. Pelo quarto ano consecutivo familiares e amigos lembraram a data com esse ato. Uma forma de não deixar esquecida a tragédia que abolou a família, amigos e a imprensa não só de Goiás, como também do Brasil e do mundo e é claro a opinião pública.
O cronista esportivo Valério Luiz Oliveira foi assassinado no dia 05 de julho de 2012 quando saia do trabalho, na Rádio 820 AM, por volta das 14horas com disparo de 06 tiros no peito, covardemente sem nenhuma possibilidade de defesa. De lá pra cá a saga da família, principalmente do pai o também cronista esportivo, hoje deputado estadual, Manoel de Oliveira e do seu neto Valério Luiz Filho, em busca de justiça não para.
“A dor a gente nunca esquece, pelo contrário a cada ano que passa ela fica mais presente principalmente pela falta de justiça. Mas temos fé em Deus e na Justiça que os culpados irão pagar pelo que fez. Meu filho Valério foi assassinado porque incomodava muitos com seus comentários. Onde está a liberdade de imprensa? Eu tenho certeza que a justiça tarda mais não falha” disse Manoel Oliveira.
“A morte do meu pai abalou a família e mudou meus planos de vida. Para buscar justiça e entender melhor todo o processo estou especializando em Direito Criminal e não canso de lutar e exigir que todos os culpados paguem pelo que fez” destacou Valério Luiz Filho, e ainda reforçou que a caminhada será realizada todos os anos até o julgamento ser concluído com a prisão e punição de todos os envolvidos na tragédia.
“Nunca pensei passar pelo que passei, e no dia da tragédia não tinha dimensão do impacto que teria sobre minha vida. Isso tanto pela perda quanto pelas enormes resistências contra nossa busca por justiça. A raiz do poder é ter aliados, e os assassinos tinham vários, que foram sistematicamente acionados à medida que avançávamos. Tivemos que enfrentar advogados, policiais, juízes, um delegado e até profissionais da imprensa. Aos poucos vi como o mal se infiltra no Estado e na sociedade organizada” disse.
O caso
Apesar da demora, o crime vem se desvendando desde de 2013> Toda a demora a partir de fevereiro de 2013 advém dos trâmites do processo no Judiciário, já que todas as oportunidades de defesa estão sendo dadas aos réus. Atualmente, estão mandados a Júri pelas duas instâncias do Tribunal goiano e recorrem a Brasília. O caso é acompanhado pessoalmente pelo advogado Valério Luiz, os recursos no STJ e no STF, pro Júri ser marcado o quanto antes.
“Essa luta fez com que nos organizássemos e buscássemos nossas armas. Muitas vitórias vieram. Não só pra minha família. Nossa militância contribuiu para que 4 casos não solucionados aqui no âmbito estadual fossem federalizados pelo STJ (IDC-3); para que a assistência às vítimas de violência enfim começasse a entrar nos debates públicos; para que o CNJ aposentasse um juiz ímprobo e fizesse o Tribunal finalizar o concurso pra cartórios, substituindo todos os interinos de Goiânia por concursados” destaca Valério Luiz Filho.