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CPI da Goiás Turismo colhe mais depoimentos
A segunda parte das oitivas da CPI que investiga denúncias de irregularidades no órgão aconteceu no Auditório Solon Amaral, ontem, 31, com depoimentos de um ex-presidente e de um ex-diretor.
A segunda parte das oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades na Agência Goiana de Turismo (Goiás Turismo) teve lugar no Auditório Solon Amaral da Casa, ontem, 31, com os depoimentos do ex-presidente da Goiás Turismo, Aparecido Sparapani e o ex-diretor de Desenvolvimento da Agencia, Ricardo da Silva.
Na presidência dos trabalhos está o deputado Lívio Luciano (PMDB), também estão presentes os parlamentares Humberto Aidar (PT), Marquinho Palmerston (PSDB) e Diego Sorgatto (PSB).
O primeiro a ser indagado foi o ex-presidente da Goiás Turismo, Aparecida Sparapani. Ele explicou que tem 40 anos de experiência no ramo do turismo e que ficou na presidência da agência de 2011 a 2013, segundo Sparapani, ele saiu do comando da agência para voltar a iniciativa privada.
Aparecido Sparapani alegou que sua gestão foi pautada pela ética e pela lisura. Ao ser questionado pelo deputado Humberto Aidar como são feitas as escolhas dos artistas para os shows, ele afirmou que a indicação é dada pelo prefeito em conjunto com o deputado dono da emenda que pagará o show. Outra questão feita ao ex-presidente foi relacionada a licitações, a qual respondeu que “não se faz licitações para artistas pois não existem dois ‘Leonardos’ ou dois ‘Zezés de Camargo’, então não tem como licitar um artista”, afirmou.
Ao ser indagado acerca de um show contratado pela Goiás Turismo por um valor de 150 mil reais enquanto que em Minas Gerais o mesmo show foi vendido por 50 mil reais. Aparecido afirmou que, durante sua gestão, a Goiás Turismo fazia um apanhado de preços, mas que o cachê varia de estado para estado. “Dentro do valor contratado tem ônibus, palco, som, passagem, hospedagem do artista e da banda. Então toda essa logística tem que ser levada em conta”, salientou.
O ex dirigente também afirmou que a Goiás Turismo não paga nenhum show e que toda a verba vem através de emendas parlamentares estaduais para os shows.
A segunda oitiva foi feita com o ex- diretor de desenvolvimento da Goiás Turismo, Ricardo da Silva. Ele também esteve na diretoria nos anos compreendidos entre 2011 e 2013.
Ricardo foi indagado acerca de indicações políticas dentro da Goiás Turismo, ao que afirmou que “as vezes acontece. A influência política só prejudica. Na minha opinião, a Goiás Turismo deveria ser constituída apenas de técnicos”. Ele, a exemplo de Aparecido Sparapani, também foi indagado acerca da escolha dos artistas para os shows. A resposta de Ricardo foi semelhante ao de seu antecessor alegando que as indicações vinham do prefeito e do deputado dono da emenda.
“É impossível a Goiás Turismo conhecer todos os artistas, até porquê a regionalização de artistas é uma coisa que acontece muito”, salientou.
Ele também falou sobre o fato de os artistas terem empresários diferentes em diferentes estados o que influi diretamente nos preços dos cachês. “É muito normal neste mercado, logo, os preços cobrados pelos representantes dos artistas sofrem alterações”, frisou.
Após o depoimento de Ricardo da Silva, o deputado Livio Luciano, no exercício da presidência, encerrou a sessão convocando outra reunião da CPI para a próxima quarta-feira, 6. #DepClaudioMeirelles #DeputadoClaudioMeirelles #Alego #CPIGoiásTurismo