Notícias dos Gabinetes Evandro Magal busca aprovação de projeto para que professores da Rede Pública estadual tenham assist
25 de Outubro de 2007 às 15:39
Iniciativa do deputado Evandro Magal (PSDB), a Assembléia Legislativa abre debate sobre a criação de um Programa de Assistência Médica e Psicológica aos Professores da Rede Pública de Goiás. O objetivo, segundo ele, é atender os portadores da Síndrome de Bornout – desistência do educador no manejo e lida com as solicitações externas ou internas, que passa a considera-las excessivas ou acima de suas possibilidades. Evandro Magal está confiante na aprovação do projeto, que recebeu manifestações favoráveis no ato de sua apresentação. Agora a matéria segue sua tramitação nas Comissões Técnicas. “Todos os educadores da Rede Pública Estadual deverão ser avaliados em suas condições físicas, psíquicas e emocionais, quando começam a trabalhar e nos casos em que haja necessidade”, acrescenta, lembrando que o acompanhamento será feito por equipe multidisciplinar composta por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. “Tudo com o objetivo de efetuar o combate às seqüelas decorrentes da Síndrome de Bornout”, enfatiza. Segundo Evandro Magal, o Estado poderá firmar convênios com municípios, clínicas ou outros instrumentos que assegurem providências previstas. “O profissional afetado pela doença freqüentemente sofre de insônia, úlcera, dores de cabeça, fadiga crônica e precisa de acompanhamento constante”, completa. Saiba mais sobre a Síndrome de Bournout A Síndrome de Burnout é um termo psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo "burnout" (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida. A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço. Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores). Outros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias. De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólógos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações. A Síndrome em ProfessoresA burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor. Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores: Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina; Atitude e comportamento dos administradores; Avaliação dos administradores/supervisores; Atitude e comportamento de outros professores/profissionais; Carga de trabalho excessiva; Oportunidades de carreira pouco interessantes; Baixo status da profissão de professor; Falta de reconhecimento por uma boa aula/por estar ensinado bem; Alunos barulhentos; Lidar com os pais. Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:Sentimento de exaustão; Sentimento de frustração; Sentimento de incapacidade; Carregar o estresse para casa; Sentir-se culpado por não fazer o bastante; Irritabilidade. As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são: Realizar atividades de relaxamento; Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades; Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios; Discutir os problemas com colegas de profissão; Tirar o dia de folga; Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.
Compartilhar