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Notícias dos Gabinetes
Violência nas escolas é tema de audiência pública na Assembleia Legislativa

03 de Abril de 2019 às 17:42

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou nesta quarta-feira, 3, pela manhã, no Auditório Costa Lima, audiência pública para debater o tema “Violências nas Escolas”. A iniciativa foi do deputado Jeferson Rodrigues (PRB), integrante da Comissão da Criança e Adolescente da Casa, e reuniu alunos do Colégio Salesiano Ateneu Dom Bosco, adolescentes que trabalham no Centro Salesiano do Aprendiz (Cesam) e autoridades da área, como policiais civil e militar e conselhos tutelares.

Jeferson adiantou que o objetivo da audiência pública foi alcançado plenamente. “Ouvimos atentamente a sociedade organizada, juntamente com pais, responsáveis e alunos. E, agora, vamos buscar elaborar uma pauta positiva com ações voltadas para minimizar a violência nas escolas. Entendo que o Poder Legislativo executa bem seu papel de ouvir a sociedade, para elaboração de leis que efetivamente vão ao encontro das necessidades do cidadão. Nesse caso, vamos propor políticas públicas adequadas para contribuir com essa importante e oportuna causa."

Autoridades presentes

Presidida por Jeferson Rodrigues, que fez uma avaliação positiva da audiência, a mesa dos trabalhos foi composta pelas seguintes autoridades: tenente-coronel Cardoso, comandante do 7° batalhão da Polícia Militar; Rodney Rocha Miranda, representante do secretário de Estado de Segurança Pública; Valéria Petterson, secretária municipal de Educação e Cultura de Aparecida de Goiânia; tenente-coronel Luciano, representante do comandante-geral da Polícia Militar, Renato Brum dos Santos; coronel Heber Souza Lima, da Superintendência de Segurança Escolar e Colégios Militares do Estado.

E mais: deputado Delegado Eduardo Prado, presidente da Comissão de Segurança da Alego; Bruna Xavier, defensora pública e coordenadora do Núcleo da Infância e Juventude; Paula Meotti, delegada da Mulher; delegada Ana Elisa Gomes Martins, titular da Delegacia Geral da Criança e do Adolescente; Rosângela Cruz, gerente sócio-educativa da Pastoral da Criança e do Cesam; Willian Carlos, da Associação dos Conselheiros Tutelares e Ex-Conselheiros Tutelares de Goiás (Acetego); e o coronel Vilela, coordenador dos colégios militares do Estado de Goiás. 

Autoridades convidadas apontam a importância do assunto

Eduardo Prado enalteceu a iniciativa do colega Jeferson Rodrigues e falou que a violência nas escolas é reflexo da falta de valores familiares. “A violência nas escolas nada mais é do que o reflexo da violência cotidiana. É a transferência de valores das famílias para a sociedade. Infelizmente, muitos pais abandonam qualquer tipo de educação familiar e transferem para as escolas”, colocou. E adiantou que vai somar forças com Jeferson e os demais colegas na apresentação de projetos que fomentam a prevenção primária, com investimentos na educação.

A delegada, Paula Meotti, afirmou que é importante analisar, inclusive, psicologicamente, a forma como os adolescentes estão sendo criados, pois, segundo ela, eles crescem sem saber superar fracassos do dia a dia. Ela analisa que a escola é um espelho da nossa sociedade.

Também participando da audiência, a defensora pública e coordenadora do Núcleo da Infância e Juventude, Bruna Xavier, disse que é importante voltar a educação de tolerância e desvincular a segurança das escolas da segurança pública, de forma a ensinar pluralidade e diversidade nas escolas.

“Acredito que esse assunto tem que partir do âmbito escolar de fato. Lógico que é importante o papel da polícia e da responsabilização após um caso trágico, mas, em primeiro lugar, precisamos trazer a questão de ensino como solução para essa violência. A Lei de Diretrizes e Base da Educação, n° 9394/96, traz o ensino além da formalidade da escola, prevendo a liberdade do adolescente e do professor. Traz como princípio a tolerância, a pluralidade de opiniões. As vezes nós vamos em contrapartida a essa pluralidade”, afirmou.

A secretária de Educação de Aparecida de Goiânia, Valéria Petersen, aponta a importância da ação preventiva, que para ela pode ser analisada por dois pontos de vista, sendo a defesa dos colegas quando um deles se sente agredido e a discussão do problema. "Eles comunicam o ocorrido à coordenação da escola, e quando sentamos, procuramos refletir sobre a questão, para que amanhã não aconteçam tragédias nas escolas de Goiás”, defende. Mas destaca que o trabalho policial e das famílias são primordiais para evitar e prevenir a violência.

Conclusão final de Jeferson Rodrigues

O deputado finalizou o debate destacando a importância da construção de um diálogo salutar e respeitoso. Dizendo que são em ocasiões assim que são encontrados caminhos para a problemática da violência nas escolas.

“Da nossa parte, aqui na Assembleia, através da Comissão da Criança e Adolescente, da qual faço parte, temos buscado aprender e construir juntos dias melhores. Caso algum dos presentes tenha alguma ideia ou algo interessante para complementar neste esforço, estamos prontos a ouvir, colocar no papel, e juntos lutarmos para transformar a realidade”, finalizou o republicano.

 

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