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Semana da Consciência Negra começa com lançamento do projeto Tela Preta na Alego

18 de Novembro de 2019 às 18:41
Crédito: Maykon Cardoso
Semana da Consciência Negra começa com lançamento do projeto Tela Preta na Alego
Seminário contra o discurso de ódio e o racismo nas escolas.

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) recebeu o lançamento do projeto Tela Preta na tarde desta segunda-feira, 18. O Tela Preta trata-se de um material de apoio para professores que fortalece o ensino de história e cultura afro-brasileira para ser utilizado nos planos de aula para adequação da Lei Federal 10.639 de janeiro de 2003 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira. O evento foi realizado em parceria com o deputado estadual, Antônio Gomide (PT) e contou com a participação da deputada estadual Lêda Borges (PSDB).

O seminário contra o discurso de ódio e o racismo contou com a participação da coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), Iêda leal, assessora da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de Goiânia, Lucilene Santos, assessora da coordenação de Cultura, na Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da Universidade Estadual de Goiás, Lorena Borges, gerente de Comunidades Tradicionais, compondo a Superintendência da Mulher e da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), Cláudia Lima e Gláucia Teodoro, membra do Conselho Estadual de Educação.

O projeto é idealizado pelas jornalistas Ana Amélia Ribeiro, Caroline Brandão, Janaína de Oliveira e Narelly Batista, que compõem o Coletiva Adélias — uma rede colaborativa entre pessoas negras —. O Tela Preta foi premiado no concurso nacional do SaferLab desenvolvido pela ONG Safernet Brasil em parceria com Unicef e Google.org.

Ferramentas para combater o racismo

As mulheres que participaram da mesa de debates destacaram que o projeto Tela Preta é um importante instrumento de combate ao racismo. A deputada Lêda Borges elogiou a inovação e ousadia das mulheres que compõem o Coletiva Adélias. “Vocês pensaram em um instrumento que levará a jovens e aos professores uma forma de democratizar o espaço e o debate público sobre um tema tão importante".

Iêda Leal, coordenadora do MNU, compartilhou vivências do racismo e do combate ao racismo na sua história. “Hoje eu participei de duas palestras em Trindade e vimos o quão importante é falar sobre o racismo. Novembro não é um mês qualquer e é preciso instrumentos para lutar contra o racismo”, diz. Assessora da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Goiânia, Lorena Borges, pontuou a necessidade de debates como esses dentro do ambiente universitário.

Responsável pelo desenvolvimento visual do projeto, Ana Amélia explica que o processo de produção e estudo do movimento afrofuturismo se deu na sua formação em história da arte. “É um projeto que visa não perder a ancestralidade, o afrofuturismo visa um resgate da arte para que os professores tenham acesso a esse material e possam levar essa arte para os alunos”, comenta.

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