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Diego Sorgatto quer mais rigor sobre doação de sangue para prevenção de possíveis contaminações

05 de Junho de 2020 às 07:07

Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) o processo nº 2324/20, do deputado Diego Sorgatto (DEM), que dispõe sobre a obrigatoriedade de estúdios ou estabelecimentos que realizem aplicação de piercing, tatuagem ou maquiagem definitiva, a afixar cartazes informando o impedimento temporário para doação de sangue em Goiás.

Aprovada preliminarmente em Plenário, a proposição de Sorgatto foi distribuída ao deputado Amilton Filho (Solidariedade), para relatoria da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Alego. O autor do projeto, após ressaltar a importância da sua iniciativa, solicita o apoio de todos seus colegas de Parlamento para aprovação da matéria.

Diego Sorgatto coloca, em sua justificativa, que doar sangue é um ato generoso, que pode salvar vidas.

"Em algumas situações, entretanto, é preciso aguardar um determinado período para realizar essa boa ação. O item B do Anexo IV, da Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, regulamenta as causas de inaptidão temporária para doação de sangue, determinando seis meses, de inaptidão após a realização de um desses procedimentos e 12 meses, se não houver condição de avaliação da segurança do procedimento realizado”, está anotado na justificativa.

E diz mais: “Quando tais métodos forem realizados na cavidade oral e/ou na região genital, devido ao risco permanente de infecção, a inaptidão é de 12 meses da retirada. Há quem acredite que essas pessoas não possam ser doadoras. Não é verdade: ter uma tatuagem, piercing ou uma maquiagem definitiva não é algo impeditivo. A restrição é temporária. Passado esse período, o possível doador se encontra apto a realizar a coleta de sangue nos bancos de sangue e fazer a sua parte, desde que siga os pré-requisitos para tal doação. Esse intervalo de um ano é uma medida de precaução para evitar que o material coletado apresente contaminações”.

Esclarece ainda o parlamentar: “Todo sangue doado passa por exames, mas algumas doenças, como HIV e hepatite, podem não ser detectadas nas primeiras semanas ou meses após a contaminação. Apesar desses procedimentos apresentar ser seguros, eles podem ser uma porta de entrada para doenças infecciosas, se não forem realizados sob as condições adequadas de assepsia. Nos casos de colocação de piercings, há mais uma restrição: quando o objeto for inserido numa região de mucosa ou genital, a pessoa fica impossibilitada de doar sangue enquanto fizer uso do acessório, porque esses locais são muito suscetíveis a infecções, porém, como dito anteriormente, após a retirada, o período de restrição é de 12 meses da retirada, ficando assim livre para realizar as doações de sangue”.

O parlamentar conclui que “a causa é mais do que nobre. Uma única doação de sangue pode ajudar até três pessoas. Nesse contexto, visamos garantir que os clientes ou frequentadores de estúdios de tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva, possam estar cientes a respeito dessa restrição, fornecendo maiores informações sobre as doações de sangue e importância das mesmas”.

 

Agência Assembleia de Notícias
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