Projeto Politizar recebe premiação da Advocacy Agenda 2030
O projeto Politizar, realizado pela Assembleia Legislativa, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), ganhou o prêmio de Advocacy para Agenda 2030, financiado pela União Europeia. A premiação fez parte do curso sobre Advocacy, organizado pela ONG ACT Promoção da Saúde e pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030. O termo "advocacy" representa as estratégias que grupos de interesse da sociedade civil podem utilizar para terem suas demandas atendidas pelos poderes públicos.
Ao ser informado da premiação, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira (PSB), disse que "esse prêmio é um reconhecimento ao trabalho que tem sido feito nos últimos anos, tanto pela equipe da Assembleia Legislativa, que se empenha muito para a realização desse projeto, quanto pela UFG, que também não mede esforços para manter a qualidade e seriedade do programa. O Politizar é um sucesso e já está consagrado. Receber notícias como essa, que vão beneficiar uma classe mais vulnerável, é muito gratificante e nos motiva a continuar seguindo em frente".
O Politizar visa, entre outros objetivos, aproximar o cidadão do poder público e incentivar a participação do jovem na vida política. Uma das ações do projeto, é a experimentação das práticas do processo legislativo, através de uma “vivência simulada” da rotina dos parlamentares. Essa ação, desenvolvida em parceria com Assembleia Legislativa, é dividida em etapas, que incluem um treinamento, a seleção, que escolhe deputados, assessores e jornalistas, e a última e mais relevante, que é a simulação. Nessa última etapa, os jovens repetem toda a rotina legislativa, com reuniões partidárias, análise e votação de projetos e até eleição para a presidência da Casa. Os "assessores" e "jornalistas" também aprendem sobre essas funções. Alguns projetos apresentados na "experiência" legislativa são aproveitados pelos parlamentares e apresentados como projetos de lei.
Uma outra vertente do Politizar é uma série chamada "Tradicionais", que pretende dar maior visibilidade às comunidades indígenas e quilombolas. Durante o curso sobre Advocacy, foram tratadas questões sobre a representatividade de interesses relacionados aos objetivos do desenvolvimento sustentável. Como estímulo à prática, foi oferecido um prêmio de R$ 1.500,00 para o Plano de Advocacy que tivesse mais votos. O vencedor foi o plano apresentado pela UFG, dentro do projeto Projeto Politizar, sobre "Assistência de Saúde às Comunidades Tradicionais de Goiás". O dinheiro do prêmio será todo revertido às comunidades atendidas pelo projeto.
Segundo a coordenadora do Programa de Extensão Politizar da UFG, professora Laís Forti Thomaz, a ideia de elaborar o plano surgiu da escuta das comunidades. “A intenção é que possamos contribuir para que sejam elaboradas políticas públicas que auxiliem essas comunidades que estão mais vulneráveis nesse momento de pandemia”, afirmou. Também participam da equipe que desenvolve o projeto, os estagiários Higor Torres, Valéria Oliveira, André Cançado e Bruno Roque.
A coordenadora geral do Politizar na Assembleia Legislativa, Marisa Barbosa, recebeu a notícia do prêmio com grande satisfação. Ela destacou ainda que, para a 5ª Edição do Projeto, que está em andamento esse ano, houve um recorde de inscrições, com mais de 700 alunos inscritos. “Por causa da pandemia, estamos nos adequando para a realização do projeto. O treinamento online será em outubro e, possivelmente, a simulação presencial em dezembro”, revelou a coordenadora.
Por causa do grande número de interessados em participar do projeto, a intenção inicial era realizar duas edições do Politizar em 2020, mas em função da crise pandêmica do novo coronavírus, que suspendeu temporariamente as atividades na Casa, só será possível realizar uma edição.