Coronel Adailton propõe instituir campanha de conscientização sobre doenças raras
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), ao retomar suas atividades plenárias, previstas para o dia 3 de agosto, vai deliberar sobre o projeto de lei nº 1518/19, que visa instituir no calendário oficial de eventos do estado de Goiás a Semana Estadual de Conscientização e Orientação sobre Doenças Raras. De autoria do deputado Coronel Adailton (Progressistas), a proposição está em fase de primeira discussão e votação.
Adailton frisa, em sua justificativa, que as doenças raras são qualificadas por uma vasta diversidade de sintomas e sinais, manifestações que, frequentemente, se assemelham a doenças comuns, dificultando, assim, o diagnóstico preciso. “Chamamos de doença rara, também referida como doença órfã, aquela doença que afeta um pequeno número de pessoas quando comparado com a população em geral”, coloca o parlamentar.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. Com origem genética em cerca de 80% dos casos, elas se manifestam e são diagnosticadas na infância ou até os 15 anos de idade, sendo que 30% das crianças com doenças raras morrerão antes de completar o quinto aniversário.
Estudos indicam que aproximadamente 5% da população goiana (cerca de 300 mil pessoas) apresentam alguma doença rara de origem genética. Goiás tem, por exemplo, o maior número de casos de xeroderma pigmentoso no mundo. A maioria dos afetados por essa doença reside nos municípios de Faina (povoado de Araras) e Matrinchã.
“Em vista do exposto, vê-se a importância da instituição de uma semana de conscientização e orientação da população goiana acerca do tema, objetivando, com isso, a melhoria ao acesso aos serviços de saúde e à informação, de forma a reduzir, consequentemente, a incapacidade causada por essas doenças, bem como contribuir para uma maior qualidade de vida das pessoas com doenças raras e de seus familiares”, salienta Coronel Adailton.
O processo tramitou na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde foi relatado pelo deputado Major Araújo (PSL). Depois de aprovado, foi encaminhado à análise da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Nessa comissão, foi relatado pelo deputado Helio de Sousa (PSDB), que deu parecer favorável.