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Sociedade justa

10 de Dezembro de 2021 às 09:55
Crédito: Seção de Publicidade
Sociedade justa
Dia da Inclusão Social
A data reforça a importância de políticas públicas de inserção de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Na Alego, tramitam diversas proposituras que visam instituir mecanismos fortalecedores de direitos.

Existem, no mundo, diversos tipos de pessoas. Cada uma com sua identidade, particularidade e vivência. O papel da população, como um todo, é respeitar essa diversidade. Por outro lado, a função do poder público é oferecer condições e oportunidades de acesso aos serviços e proporcionar a garantia dos direitos humanos, além da promoção de ações para combater a exclusão social provocada pelas diferenças relacionadas ao gênero, poder aquisitivo, cor da pele, deficiência física ou mental, dentre outros.

A garantia dos direitos a todos os cidadãos, por um regime democrático, com condições benéficas aos menos favorecidos, para a inserção igualitária na sociedade, é chamada de inclusão social. O tema possui, inclusive, uma data de celebração no calendário brasileiro: o Dia da Inclusão Social, comemorado anualmente em âmbito nacional, desde 2009, no dia 10 de dezembro.

A data foi instituída pela Lei Federal nº 12.073, de 29 de outubro de 2009, por meio do projeto nº 3942/2008, de autoria do ex-senador Antonio Carlos Valadares, e se refere à promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948. O objetivo para tal celebração é, de acordo com seu idealizador, promover e conscientizar a sociedade sobre a importância dos direitos humanos e sua efetividade. Deste modo, durante o período, as campanhas em prol da construção de uma sociedade justa e livre de preconceitos, se tornam mais intensas.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembleia, deputado Rafael Gouveia (Progressistas), acredita que, apesar dos recentes avanços, ainda existe a necessidade de discussões públicas a respeito do tema para o total combate à exclusão. “Aos poucos temos notado avanços na inclusão social, mas esse é um tema que ainda precisa ser bastante debatido, a começar por difundir o Dia da Inclusão Social como forma de sensibilizar a população sobre o assunto. Por meio do debate, é possível promover a mudança no pensamento das pessoas e do poder público para que possamos construir uma sociedade mais justa”, pontua o parlamentar. 

Assistência social

Para o presidente da Comissão de Assistência Social no Parlamento goiano, deputado Chico KGL (DEM), o Dia da Inclusão Social é uma data importante para a sociedade como um todo, visto que ela permite pleitear novas possibilidades. De acordo com o parlamentar, o respeito ao direito e à dignidade de todos os cidadãos goianos é uma das lutas diárias de seu mandato à frente do colegiado.

“Nossos esforços estão direcionados na tentativa de minimizar toda gama de impactos negativos. Dessa forma, o objetivo é possibilitar que todos os cidadãos tenham oportunidades de acesso a bens e serviços, como saúde, educação, emprego, renda, lazer, cultura, entre outros”, enfatiza o legislador. “Tenho encontrado grande facilidade junto à presidência da Alego, através do deputado Lissauer Vieira (PSB) e demais pares da Casa, para que projetos voltados à assistência social sejam aprovados”, acrescenta Chico KGL.

O parlamentar destacou, ainda, que a Casa de Leis trabalha em prol do povo goiano, no combate ao desequilíbrio social, em busca de novas perspectivas. “Reconhecemos a importância e o papel da assistência social, visando combater a desigualdade social e viabilizando a democratização de diversos espaços e serviços para aqueles que não possuem acesso a eles, promovendo, assim, seu bem-estar físico, psicológico e social”, ponderou o deputado.

Atuação parlamentar

Na atual Legislatura, tramitam diversos projetos de lei voltados à inclusão social. Dentre eles, está a propositura nº 1000/20, de autoria da deputada Lêda Borges (PSDB), que dispõe sobre a Política Estadual de Qualificação Social e Profissional. Trata-se, de acordo com o projeto, de uma política de qualificação como direito de cidadania, que venha a se afirmar como um fator de inclusão social, de desenvolvimento econômico, com geração de trabalho e distribuição de renda. A matéria, que recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, deve nortear-se por uma concepção de construção social, conforme afirma o texto.

Voltado à acessibilidade, o projeto de lei nº 4661/21, de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (Cidadania), dispõe sobre o direito ao atendimento, no pavimento térreo dos prédios públicos e privados, de idosos, gestantes, pessoas com deficiência física, dificuldade ou restrição de locomoção, quando inexiste equipamento interno para acesso a pavimentos superiores. Em sua justificativa, o legislador alega, ainda, existir muitos prédios que não atendem aos requisitos mínimos exigidos, com inúmeras barreiras intransponíveis, principalmente para as pessoas com deficiência e ou mobilidade comprometida.

Em fase de primeira discussão e votação, o projeto nº 7861/19, de autoria do deputado Karlos Cabral (PDT),  visa conceder à gestante com deficiência auditiva, o direito a um acompanhante intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), desde as consultas de pré-natal até o trabalho de parto. O principal objetivo, de acordo com a proposta, é propiciar um canal efetivo de diálogo entre paciente, médicos e enfermeiros, promovendo, desta forma, a inclusão social.

Já o projeto nº 5687/20, assinado pelo deputado Amilton Filho (Solidariedade), visa obrigar as empresas locadoras de veículos a disponibilizarem automóveis adaptados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Em fase de primeira discussão e votação, a matéria frisa que a acessibilidade ainda encontra diversos obstáculos para de fato ser assegurada às pessoas com deficiência, de modo que se faz necessária a promoção de regras que reduzam as barreiras e aumentem o acesso. Deste modo, o autor da proposta aponta para o direito à mobilidade, de forma ampliada às pessoas com deficiência. 

Por sua vez, o deputado Wilde Cambão (PSD), tem como objetivo, por meio da proposta nº 4525/21, dispor sobre a criação do Programa Estadual de Incentivo à Utilização da Arteterapia e Musicoterapia para pessoas com síndrome de Down. De acordo com a justificativa da matéria, a técnica é eficaz no estímulo das habilidades perceptivas, motoras, cognitivas, socioemocionais e de comunicação. 

Já a matéria nº 7854/19, de autoria do deputado Cláudio Meirelles (PTC), visa alterar a Lei 19.017, de 22 de setembro de 2015, para dispor sobre a criação de uma Central de Inclusão Social para pessoas em situação de rua. Com parecer favorável aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, o objetivo é, de acordo com a propositura, fortalecer a organização e o desenvolvimento social da população em situação de rua, buscando a sua qualificação e futura reinserção no mercado de trabalho formal. 

Com teor semelhante, voltado para portadores de deficiência, o deputado Chico KGL propôs, por meio do projeto nº 1250/19, a instituição do Estatuto da Inclusão Social e Econômica das Pessoas Portadores de Deficiência no estado de Goiás. O objetivo, de acordo com o texto aprovado em definitivo pela Casa de Leis, é dar visibilidade, inclusão social e econômica, autonomia e efetiva dignidade a essa expressiva parcela da população.

Deficiência visual

Tramitam, ainda, na Alego, diversas proposituras voltadas à inclusão social de pessoas com deficiências visuais. Uma delas é a matéria de nº 5238/20, de autoria do presidente da 19ª Legislatura, deputado Lissauer Vieira. Em fase de primeira discussão e votação, a proposta visa assegurar à pessoa com deficiência visual medidas interinstitucionais pertinentes à educação, cultura e capacitação técnica, a serem implementadas por políticas públicas, com o objetivo de promover sua plena inclusão social. 

Também em fase de primeira discussão e votação, o projeto nº 5499/20, de autoria do deputado Talles Barreto (PSDB), determina que as instituições financeiras disponibilizem a opção de contratos e boletos em braile para as pessoas com deficiência visual. O intuito, de acordo com a proposição, além de resguardar o direito do consumidor, é atender e proteger os consumidores com deficiência visual, visto que esse público enfrenta tal dificuldade diante da necessidade de realizar movimentações financeiras ou contratações e operações bancárias.

Outra proposta, de nº 5573/20 e autoria do deputado Cláudio Meirelles, dispõe sobre a instalação de placas em braile nas paradas de ônibus e seu roteiro de viagens nos terminais e rodoviárias. Em processo de primeira discussão e votação, o objetivo do projeto é propiciar mais um meio de acessibilidade às pessoas com deficiência visual. 

A criação da biblioteca digital, em Goiás, com a ferramenta Leitura em Voz Alta, também é uma das propostas que tramitam na Casa de Leis, por meio do projeto de lei nº 7745/21, de autoria do deputado Amilton Filho. O objetivo, de acordo com a matéria, é promover a inclusão social de deficientes visuais, bem como modernizar a estrutura bibliotecária, de forma com que haja a inclusão de crianças e adolescentes deficientes visuais, corroborando para a sua formação educacional e inclusão social.

O deputado Wilde Cambão (PSD) propõe, ainda, por meio do projeto de lei nº 7291/19, a apresentação de cardápios em braile em restaurantes, lanchonetes, bares, hotéis e estabelecimentos de atendimento ao consumidor, em Goiás, para direcionamento e orientação de pessoas com deficiência visual. De acordo com a matéria, os cardápios deverão ser expostos em locais de fácil acesso aos deficientes visuais ou de seus acompanhantes e deverão conter todas as informações constantes do cardápio tradicional, impresso aos demais consumidores. O projeto se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Agência Assembleia de Notícias
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