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Sintonia com a modernidade

11 de Agosto de 2022 às 15:00
Sintonia com a modernidade
A televisão evoluiu junto com a sociedade. A data representa a memória desse meio de comunicação, que se tornou tão importante na vida não só dos brasileiros, mas de diferentes culturas em todo o mundo.

A televisão tem sido, por décadas, o maior meio de entretenimento no mundo, e não podia ser diferente no Brasil, que foi o primeiro país da América Latina a levar ao ar uma emissora: a TV Tupi, em 18 de setembro de 1950, inaugurada pelo empresário Assis Chateaubriand. Desde então, o País tem se destacado e virado referência em produções televisivas. No entanto, na data de hoje, 11 de agosto, se comemora o Dia Nacional da Televisão, em homenagem à Santa Clara, padroeira da telinha. 

O engenheiro escocês John Logie Baird foi o responsável pela primeira transmissão televisiva do mundo, em 26 de fevereiro de 1926. Talvez ele já projetasse que a sua façanha representaria o maior marco na história das comunicações, mas, certamente, não podia prever como a televisão passaria por inovações tecnológicas para nunca cair em desuso, nem mesmo com o advento dos computadores, internet e smartphones. Hoje, ela ganhou recursos para compartilhar dados com rede mundial de computadores, e disponibilizar conteúdos de streaming por meio de aplicativos, as chamadas smart TVs. 

Sem contar que, em dezembro de 2007, ocorreu a primeira transmissão oficial de sinal de TV digital no Brasil, na cidade de São Paulo. Isso representou um salto de qualidade para a difusão e recepção de sinal das emissoras de canal aberto, que transmitem UHF e VHF gratuitamente.

Estatísticas 

Com o avanço da visualização de vídeos por streaming, caiu o acesso de TV por assinatura e parábolica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa Pnad TIC 2019, divulgada pelo instituto, mostra que, em 31,7% dos domicílios brasileiros, houve acesso da internet via TV, naquele ano.

Mesmo que os dispositivos de telefonia móvel predominem nos acessos à internet, com 99,5% das residências acessando-a por essa via, em 2019, chama atenção o crescimento da TV, que respondia por 11,6%, em 2016; 16,1% em 2017; e 23,3% em 2018.

Entre os domicílios pesquisados naquele ano, em 96,3% havia um aparelho de televisão. Em 2018, o percentual era de 96,4%. A região Norte se manteve com menor percentual de domicílios com televisão (91,6%), enquanto a região Sudeste permaneceu com o máximo desse indicador (97,7%).

No decorrer de um ano, foi registrado um aumento expressivo no número de residências brasileiras com televisão de tela fina, saltando de 53 para 57 milhões. Em contraste, o número de domicílios com televisão de tubo caiu de 23 milhões, em 2018, para 18 milhões, em 2019.

Assim, entre 2018 e 2019, a fatia de domicílios com apenas televisão de tela fina subiu de 66,9% para 73,9, enquanto os que tinham somente televisão de sinal analógico caiu de 23% para 18,4%, um padrão observado em todas as grandes regiões. 

Depois da modernização dos aparelhos e a implantação do sinal digital, que ainda estava em andamento, em 2019, o que se nota ainda é uma enorme parcela de potenciais domicílios prejudicados pela extinção do sinal de TV analógico, que está sendo, gradualmente, substituído pelo digital. 

As TVs com conversores estavam presentes, em 2018, em 86,6% das residências. Um ano depois, essa fatia ampliou para 89,8%. Entre as grandes regiões brasileiras, o Sudeste apresentou o maior percentual de domicílios com TVs com conversor para a recepção do sinal digital de televisão aberta, em 2019, com 94,0%. Já o Nordeste registrou o mais baixo, com 81,4%.

Outros dados que merecem destaque foram colhidos pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope). E a maior constatação é que os canais abertos seguem perdendo espaço na preferência dos brasileiros para os serviços de streaming. Em 2020, o serviço de obtenção de conteúdo de mídia por aplicativos ficou atrás apenas da TV Globo em audiência e, no ano seguinte, as principais emissoras de canal aberto seguiram perdendo espectadores.

De acordo com o Ibope, fora a TV Record, que registrou avanço, todas as emissoras abertas, incluindo a totalidade dos canais por assinatura, observaram perdas nas medições, entre janeiro e setembro do ano passado.

Ao levar em consideração as 15 regiões metropolitanas brasileiras, o Ibope divulgou uma média do share, que é a medição da participação de cada canal no universo de aparelhos ligados nas 24 horas do dia, em comparação com 2020: a Globo teve queda de 2%; o SBT, de 13%; a Band, de 11%; a RedeTV, de 22%; e os canais pagos, de 16%. 

 

Agência Assembleia de Notícias
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