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Na manhã desta quarta-feira, 14, teve continuidade o ciclo de palestras dentro do Seminário do Setembro Amarelo da Alego

14 de Setembro de 2022 às 12:35
Crédito: Maykon Cardoso
Na manhã desta quarta-feira, 14, teve continuidade o ciclo de palestras dentro do Seminário do Setembro Amarelo da Alego
Palestra: "Prevenção à violência sexual de crianças e adolescentes por meio da internet."

Dando continuidade ao ciclo de palestras do evento “Setembro Amarelo: estratégias para a proteção da saúde mental de crianças e adolescentes”, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por meio da Escola do Legislativo em parceria com a Comissão da Criança e do Adolescente, realizou na manhã desta quarta-feira, 14, a palestra com o tema: "Prevenção à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes por meio da Internet". 

No Palácio Maguito Vilela, o auditório 2 ficou lotado para a abertura do ciclo de palestras desse dia. Participaram ativamente diversos membros de conselhos tutelares da Capital e de várias cidades do interior do estado, além de psicólogos e assistentes sociais dos mais diversos órgãos, servidores da Casa, professores, estudantes, dentre outros. 

“Precisamos debater a tecnologia, a internet, o mundo digital, porque eles promovem muitos benefícios, mas também trazem inúmeras consequências”, disse o integrante da Comissão da Criança e do Adolescente, deputado Jeferson Rodrigues (Republicanos) ao abrir o evento nesta manhã. 

“Temos que sair da discussão e partir para a prática, porque enquanto discutimos aqui, crianças gritam por socorro. Há uma morosidade em tudo que está relacionado à infância, porque criança não vota e, infelizmente, só são priorizadas àqueles que votam”, enfatizou a representante do Conselho Tutelar da Capital, Erika Reis, numa fala emocionada. 

Muito contundente com relação ao trabalho dos conselheiros, ela continuou sua abordagem comentando que “estamos numa guerra declarada contra a infância que não é priorizada no âmbito orçamentário municipal, estadual e federal". Ela continuou seu pronunciamento, ressaltando que "indignação sem ação é lamento, pois a infância é o chão que se pisa por uma vida inteira”. 

A conselheira destacou o papel do Estado e num tom de conclamação perguntou: “mas e nós, a sociedade? Colocamos sempre a responsabilidade no Estado, porém podemos assumir o protagonismo para garantir de fato o direito das nossas crianças e, aqui,  quero convidar a todos para adotarem essa nova postura, assim podemos deixar o nosso legado para transformar a infância”, finalizou sob fortes aplausos.

Segurança digital

Após as falas iniciais de abertura do evento, começou a palestra com o tema: "Prevenção à violência sexual de crianças e adolescentes por meio da internet" ministrada pela professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mestrado em admnistração e estudiosa das redes sociais e internet, Elenice Novak. 

De acordo com a palestrante, ainda existe pouca pesquisa sobre esse assunto da violência sexual de menores por meio da internet e, aquelas que existem são tratadas com muita restrição e parcimônia por abordar as questões relacionadas às pessoas menores de idade. “Precisamos alertar a sociedade para esse problema e utilizar as ferramentas adequadas para minimizar a situação.  A orientação deve começar pela família, mas com a escola sendo parceira. Penso que é possível reduzir sensivelmente o problema através das escolas e da educação”, afirmou Elenice. 

“Entretanto, parece ser necessário a construção de um caminho que elimine a atual falta de comunicação entre os atores responsáveis pela garantia de direitos da criança e do adolescente, dentre eles, a segurança pública, a saúde, a educação, a informação - áreas que precisam estar articuladas para que a prevenção de fato possa acontecer”, destacou a palestrante e mestre em administração de empresas.

A segurança digital é um padrão de comportamento que os jovens devem procurar adotar com relação à internet e às redes sociais. A arquitetura do crime é especializada, então, as crianças e adolescentes devem ser devidamente orientadas, ensinou Novak.

Por fim, ela comentou que o Estado precisa de um sistema integrado que retrate a realidade da violência contra a infância para que os dados possam nortear a construção de políticas públicas mais efetivas, construídas sob informações consistentes que vão sendo armazenadas num banco de dados.

Debates e discussões 

Quem pediu a palavra, durante as discussões que se seguiram, foi a psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Rebeca Brandão de Araújo Rocha, para comentar sobre as garantias de direitos que são hoje ofertadas. 

"Atualmente temos o Sistema Nacional de Proteção da Infância e Adolescência (SIPIA), implementado pelo Ministério dos Direitos Humanos, porém, ainda, não funciona como deveria por causa de uma série de questões. Mas pode ser uma boa ferramenta para construir os indicadores de que tanto necessitamos", comentou a profissional.

Última palestra do ciclo

O seminário terá continuidade, nessa quarta-feira, 14, com a seguinte programação:

14 horas - Abertura da palestra 4, com Ivonilde Bida Gonçalves, do Conselho Municipal de Educação de Goiânia;

14h30-16 horas - Palestra 4 sobre a importância do brincar livre e da conexão com a natureza para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes, com o coordenador do Programa Criança e Natureza do Instituto Alana, João Paulo Mello Amaral.

Agência Assembleia de Notícias
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