Dia Mundial do Coração: Exames preventivos e hábitos saudáveis são fundamentais para cuidar da saúde do coração
De acordo com dados do Ministério da Saúde cerca de 300 mil pessoas por ano sofrem infarto agudo do miocárdio (IAM) no Brasil, quadro que resulta em morte em 30% desses casos. A fim de alertar a população para os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e, principalmente, esclarecer que a maioria dos problemas pode ser evitada com prevenção, exceto aqueles com causas genéticas e hereditárias, 29 de setembro é Dia Mundial do Coração. A data foi estabelecida pela Federação Mundial do Coração (World Heart Federation – WHF), em 2000.
O presidente da Sociedade Goiana de Cardiologia (SGC), Humberto Graner Moreira, explica que o intuito da data é reforçar e prestar esclarecimentos, e por isso ficou convencionado pela instituição internacional, em conjunto com a nacional e estaduais, a realização de campanha no decorrer da semana que precede a data. Entretanto, o trabalho vai além. “Ao invés de chamarmos a atenção em só um mês, resolvemos reforçar a mensagem em atenção à saúde cardiovascular", afirma o cardiologista.
Graner ressalta a importância de se ter um olhar cauteloso, a fim de evitar a soma de problemas de origem cardiovascular, a exemplo de infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral (AVC). “Depois que ocorrem, a pessoa terá que lidar com as consequências. Uma vez que teve o problema, não ganha esse tempo perdido. Por isso a importância de tomar algumas atitudes e modificar hábitos, antes de culminar com os problemas”, orienta.
O presidente da SGC ressalta, ainda, que além de ser a maior causa de morte, as doenças cardiovasculares são responsáveis pelo maior uso de recursos com cirurgias. “É prevenível. Consegue-se minimizar ou atenuar com medidas preventivas, senão a gente só consegue remediar.”
Os principais fatores de risco para eventos cardiovasculares são: hipertensão, diabetes, dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), histórico familiar, estresse, tabagismo, obesidade, sedentarismo e doenças da tireoide.
Campanhas
O cardiologista lembra que neste ano, especificamente e motivados por dois anos de pandemia, que chamou a atenção para o coronavírus, as diversas sociedades de cardiologia, nacional e internacional se mobilizaram em campanhas nas mídias sociais e convencional. Após dois anos de pandemia e contornadas as dificuldades, diz o profissional, é fundamental continuar com o alerta sobre a importância da prevenção. "Driblamos a pandemia, mas continuamos com hipertensão, colesterol, hábitos de vida precários, e de não dormir bem.”
Prevenção
A melhor prevenção é ir ao cardiologista e seguir orientações como:
– Abandonar o sedentarismo, o tabagismo
– Praticar atividade física, conforme orientação médica
– Manter uma alimentação saudável, com preferência às carnes brancas, sem gorduras ou frituras
– Inserir vegetais, folhas e legumes nas refeições
– Evitar o consumo excessivo de alimentos industrializados, açúcar, massas e pães
– Restringir a ingestão de bebidas alcoólicas.