Assembleia Legislativa promoveu palestra sobre racismo estrutural e antirracismo na manhã desta quarta-feira, 26
"Racismo Estrutural e Antirracismo" foi o foco do debate promovido pela Escola do Legislativo na manhã desta quarta-feira, 26, às 10 horas, no auditório 2, da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O tema foi ministrado pela doutora no assunto e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Luciana de Oliveira Dias.
A programação integrou a 3ª edição do projeto "Direitos Humanos e Democracia", realizado em parceria com o Núcleo de Direitos Humanos da UFG. A estreia do projeto contou com palestra sobre igualitarismo, ministrada pelo professor João da Cruz, que é atual coordenador do referido programa. Na 2ª edição, foi a vez do professor Magno Luiz da Silva, também da UFG, falar sobre os impactos da desinformação na democracia.
De acordo com os organizadores, o ciclo de palestras sobre direitos humanos e democracia tem o objetivo de qualificar os servidores e estagiários da Alego para que possam exercer com melhor desempenho as suas respectivas atividades. O evento, que teve duração de duas horas, foi realizado em formato híbrido, com transmissão simultânea nos canais do youtube da Escola do Legislativo e Pensar Direitos Humanos.
Jornalista da Alego, Luciana Lima foi a mediadora da palestra e ressaltou a importância do debate sobre o tema. “A abolição da escravidão no Brasil aconteceu há mais de 130 anos e até hoje estamos vendo como as ações racistas ainda são recorrentes em nosso cotidiano”, destacou Luciana. De acordo com a jornalista, o tema precisa ser debatido para tornar a sociedade mais igualitária. “Os negros são a maioria em nosso País. Essa parcela precisa cada dia mais ser incluída e ocupar espaços de relevância para combater esse racismo estrutural”, afirmou.
A palestrante, que também é secretária de Inclusão da Universidade Federal de Goiás, Luciana de Oliveira Dias abordou sobre a importância de debater o racismo estrutural e o antirracismo. Segundo Luciana, “o racismo é um sistema de opressão e exclusão de pessoas negras, em decorrência de um passado escravocrata que aloca essas pessoas em condições inferiores nas relações sociais. O racismo é, ainda, um sistema de manutenção de privilégios”, enfatizou. Luciana ressaltou que as mudanças na sociedade serão realizadas por meio do conhecimento aprofundado e responsável da temática. “Precisamos combater o que vem causando as exclusões para intervir nessa realidade, que é injusta. Temos que desenvolver práticas antirracistas para eliminar essas ações que, ano após ano, se perpetuam em nossa sociedade”, concluiu Luciana.