Em um mercado altamente competitivo e que cresce substancialmente, todo e qualquer negócio que busca ter sucesso precisa ter um designer gráfico no seu dia a dia. Para lembrar da relevância desse profissional, desde 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso assinou um decreto reconhecendo que o dia 5 de novembro se tornaria o Dia do Designer Gráfico no Brasil.    

A escolha dessa data teve a intenção de homenagear um dos principais nomes do design nacional, Aloísio Magalhães, que foi pioneiro na introdução do design moderno no Brasil e um dos principais pilares que contribuíram para a fundação da primeira instituição de design no País: a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI). 

Mundo visual 

O mundo está cada vez mais visual e, nesse ponto, a criatividade do design pode ajudar a fazer com que as marcas se destaquem no imaginário das pessoas por meio do desenvolvimento de uma identidade visual poderosa, por exemplo. 

O design gráfico que conhecemos hoje teve sua origem nas oficinas tipográficas que concentraram a produção de livros na Europa entre os séculos XV e XIX. As matérias-primas básicas do design gráfico são: um suporte, desde o papel até a página virtual, tipografia, que diz respeito à forma visual das letras, dos números e de outros caracteres e demais elementos visuais, como traços, sombreados, cores e imagens.  

O design gráfico utiliza de forma criteriosa essas matérias-primas de modo a gerar uma comunicação inteligente e com propósito para que os significados que se deseja transmitir sejam alcançados. Tudo isso por meio das atividades de planejamento, diagramação e ilustração. Em suma, o designer gráfico se propõe a gerir a informação visual através do uso criativo de suporte, tipo e elementos visuais, técnicas e ferramentas ao seu alcance. 

O design gráfico Diogo Lima atua nesse mercado há 12 anos, já foi professor de Ilustrator e Photoshop e afirma ser apaixonado pela profissão. “Já trabalhei também em algumas agências de publicidade e, hoje, estou como freelancer em outras agências. Sempre me especializando e buscando por inovações dentro da área”, destaca.  

Ele explica que quase tudo que vemos está relacionado com o design gráfico. “Desde comunicações on-line como propagandas na TV, redes sociais, sites e etc. Como também em materiais off-line que são os impressos estão presentes em embalagens de produtos, folhetos, banners, outdoors e muito mais. Designer gráfico é um profissional muito importante, ele consegue deixar a comunicação mais leve e de fácil entendimento destacando títulos e textos”, acrescenta.  

Design na Alego 

O designer gráfico Breno Zanetti trabalha na Alego desde 2016, lotado na seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa (SPI), que integra a Diretoria de Comunicação. Para ele, o profissional de design gráfico desempenha um papel muito importante atualmente. “É cada vez mais necessário para uma empresa se diferenciar no mercado, visto a enorme quantidade de empresas, produtos, serviços, especialmente na internet. O design é justamente um fator de diferenciação para atrair e comunicar de forma mais eficiente com seu público-alvo”, explicou o servidor. 

Zanetti é responsável pela manutenção da identidade visual da Casa, criação de materiais gráficos, artes das redes sociais, campanhas internas, diagramação da revista institucional e sinalização do prédio. Ele destaca que, tanto dentro de órgãos públicos quanto na iniciativa privada, o design é uma forma de se diferenciar da concorrência e também uma maneira de criar uma imagem profissional. “No mercado isso é muito importante pois pode influenciar diretamente no aumento de vendas e uma melhor percepção de um produto ou empresa por parte dos clientes”, disse.  

Em órgãos públicos, elucida Breno, não existe concorrência nem vendas, porém, mesmo assim, o design se faz necessário para que haja organização e profissionalismo na imagem do órgão, o que contribui com a credibilidade do mesmo. “E se falamos em comunicação via redes sociais, um bom design vai se destacar num ambiente onde milhares de posts e perfis disputam a atenção do usuário”, acrescentou. 

Para Breno, a criatividade tão necessária para o desenvolvimento do trabalho gráfico, não é um dom, mas fruto da prática constante e disciplina. “Todo mundo pode ser criativo desde que haja dedicação nesse sentido. Quanto mais você trabalha, estuda referências, analisa outros trabalhos, consome diferentes tipos de arte, tudo contribui para um aumento de repertório visual e torna o processo de criação mais eficaz.”

Em 2019, a Alego reformulou sua identidade visual. De acordo com a apresentação da equipe responsável, o objetivo da nova representação era priorizar ideias como proximidade e relacionamento entre o Poder Legislativo e a população. “Os três triângulos do ícone representam a tripartição dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Os triângulos juntos sugerem o formato de um envelope onde são guardados os projetos de lei e esclarecem que a Alego recebe, democraticamente, as propostas do poder público (triângulo azul) e da sociedade civil (triângulo amarelo)”, detalhava o projeto.  Já em meados de 2021, a identidade visual do Poder Legislativo iniciou uma fase de reformulação, em decorrência, principalmente, do projeto de modernização da nova sede da Alego.  

Esse trabalho é elaborado pela seção de Publicidade, Imagem e Identidade Corporativa (SPI), sob supervisão da Diretoria de Comunicação Social. A ideia geral é estimular uma maior participação da sociedade em todos os canais da Assembleia Legislativa de modo transparente e aberto. 

O chefe da seção de Publicidade, Identidade e Imagem Corporativa da Alego, Vinícius Martins Vilela, afirma que o profissional de design gráfico na Casa de Leis é a ponte para simplificar a comunicação com a população. "Tanto na comunicação interna, que é o Endomarketing, desde o crachá que a gente usa até os informativos internos. Além da importância de termos uma comunicação visual externa tanto para ilustrar as matérias do portal de notícias quanto para as redes sociais da Assembleia", explica.  

Para Vilela, hoje, em tempos digitais, a comunicação que o Legislativo faz é diferente da Legislatura passada que, segundo ele, era um pouco mais gráfica e impressa. “Atualmente, a gente comunica internamente via intranet, via TV corporativa. Externamente a gente tem as redes sociais que evoluíram muito de 2018 para cá. Todo o conteúdo de redes sociais precisa de intervenção do design. Seja na edição de um vídeo, na inclusão de elementos numa foto. Até precisávamos de mais profissionais nessa área para suprir toda a demanda que internamente é muito grande”, destaca.