Executivo sanciona programa de incentivo ao uso de hidrogênio verde
Está instituída, em Goiás, a Política Pública Estadual do Hidrogênio Verde. Trata-se da Lei Estadual nº 21.767 (originalmente projeto de lei nº 8216/21), de autoria do deputado Virmondes Cruvinel (UB), sancionada pela Governadoria no mês passado.
O interesse pelo uso de energias renováveis é motivado pelo aumento do temor quanto aos efeitos do aquecimento global sobre o meio ambiente. “Em boa medida, o uso de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica para utilização no setor de transporte contribui para essa situação e o câmbio dessas fontes de geração de energia para fontes menos poluentes é uma das principais formas de resposta ao problema”, justificou Virmondes, quando da apresentação da matéria.
O deputado reforça que a matriz energética de diversos países tem procurado afastamento da dependência do petróleo e de outros combustíveis fósseis. Isso ocorre mediante a adoção de pesquisa e desenvolvimento de alternativas que vêm oferecendo eficiência crescente em decorrência da evolução tecnológica, tais como as fontes de geração de energia elétrica nas modalidades solar-fotovoltaica e eólica.
“Para enfrentar o impacto associado à matriz de transportes, é possível a opção de eletrificação da frota. Tanto é assim que vários países estão fixando data para abolir carros movidos a derivados de petróleo. Com o avanço tecnológico dos últimos anos, novas fontes alternativas de geração de energia elétrica surgem no mundo. É o caso da utilização de hidrogênio, como combustível para uma diversidade de formas de energia”, reforça Virmondes.
Trata-se, segundo o autor do projeto, de um elemento químico considerado o mais simples entre todos, sendo o mais leve (de baixa densidade), que economicamente foi muito aplicado no passado como gás de balões e dirigíveis. Sendo um dos gases que compõem a atmosfera, o hidrogênio costuma ser produzido industrialmente a partir de combustíveis fósseis, como gás natural, petróleo ou carvão. Esse processo costuma ser aplicado, no âmbito da indústria química, na produção de fertilizantes, como amônia e ureia, e também utilizado como agente de dessulfuração em refinarias de petróleo, e usado em dutos de metanol e gasolina.
De acordo ainda com o deputado, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que o uso do hidrogênio verde ajudaria a se economizar cerca de 830 milhões de toneladas anuais de C02 (dióxido de carbono), que seriam originados a partir da produção desse gás, tendo como fonte combustíveis fósseis.