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Há 40 anos, ex-senador Teotônio Vilela recebia, em sessão solene, o Título de Cidadania Goiana na Assembleia Legislativa

20 de Março de 2023 às 15:54
Crédito: Divulgação
Há 40 anos, ex-senador Teotônio Vilela recebia, em sessão solene, o Título de Cidadania Goiana na Assembleia Legislativa
Teotônio Vilela

Há 40 anos, mais precisamente em abril de 1983, era aprovada na Alego a concessão do Título de Cidadania Goiana ao ex-senador Teotônio Vilela. A matéria, aprovada em dois turnos pelos deputados estaduais, deu origem à Lei nº 9297, de 12 de abril de 1983, sancionada pelo então governador Iris Rezende (MDB). Teotônio receberia a homenagem, em Goiânia, em maio e morreria em novembro do mesmo ano, vítima de câncer.

No discurso que fez na Alego, ao receber a honraria, enalteceu a liberdade, conforme registram os jornais à época. "Cidadão de Viçosa de Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe o rumo dos sonhos e o calor do sangue libertário", afirmou.

Teotônio Brandão Vilela nasceu em Viçosa (AL) no dia 28 de maio de 1917, filho do proprietário agrícola Elias Brandão Vilela e de Isabel Brandão Vilela. Fez os primeiros estudos em sua cidade natal, cursando o secundário no Colégio Nóbrega, dos jesuítas, em Recife. Entrou na política, filiando-se à UDN, em 1948, sendo um dos fundadores do partido em Alagoas, criado em 1952. Elege-se deputado estadual em Alagoas nas eleições de 1954, exercendo mandato até 1958.

Em 1960, é eleito vice-governador na chapa do também udenista Luiz de Souza Cavalcante, para o período de 1961-1966, quando ambos sucederam ao governador Muniz Falcão. Em 1965, filia-se à Arena, já no período da ditadura militar. Foi eleito senador em 1966 e reeleito em 1974.

Descontente com a Arena, Teotônio filia-se ao MDB em abril de 1979, e, em meados de junho, durante o seu primeiro discurso como oposicionista, fez duras críticas à ditadura, provocando a retirada dos parlamentares da Arena do plenário do Senado. Teotônio tornou-se presidente da comissão mista que estudava o projeto de anistia encaminhado pelo Governo ao Congresso. Após visitar todos os presos políticos do país, em início de agosto entregou ao presidente do MDB, o deputado federal Ulisses Guimarães, um texto substitutivo ao projeto de anistia do governo, preparado com a ajuda de juristas. Essa matéria, conhecida por Lei da Anistia, foi aprovada pelo Congresso no dia 28 de agosto de 1979.

Devido ao câncer, que começou em meados de 1982, Teotônio desligou-se da vida política e não se candidatou a nada naquele ano. Ainda assim, assumiu a vice-presidência do PMDB e continuou andando pelo Brasil em defesa da democracia. Permaneceu ativo praticamente até as vésperas de falecer, em Maceió, no dia 27 de novembro de 1983.

O PSDB, em 19 de setembro de 1995, criou o Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do partido e, em 25 de abril de 2005, foi inaugurado, em Maceió, o Memorial Teotônio Vilela, uma obra de Oscar Niemeyer em sua homenagem. Deixou sete filhos. Entre eles, Teotônio Vilela Filho (PSDB), eleito senador por três vezes consecutivas, de 1987 até 2006 e governador de Alagoas por duas vezes, de 2007 até 2015.

Agência Assembleia de Notícias
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