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Alego recebe exposição inédita de projeto desenvolvido durante período mais crítico da pandemia de covid-19

04 de Maio de 2023 às 07:30
Crédito: Sérgio Rocha
Alego recebe exposição inédita de projeto desenvolvido durante período mais crítico da pandemia de covid-19
Exposição de fotografias CONVIDA

Exposição Convida Expo 2023 traz para o presencial, exposição realizada no Instagram desde 2020 com máscaras faciais personalizadas e fotos dos artistas com suas obras. Proposta foi incentivar o uso do acessório de proteção contra a covid-19, além de dar aos artistas, que estavam afastados do público, por conta do isolamento social, a oportunidade de produzir e mostrar obras novas.

A abertura da mostra foi nesta quarta-feira, 03, e contou com a presença da idealizadora da exposição, Aparecida Felipe, de diversos participantes da exposição, entre eles, três artistas de outros estados, os curadores da mostra e vários personagens da cena artística goiana, como os escritores Gabriel Nascente e Miguel Jorge.

O lançamento da exposição contou ainda com apresentação musical do grupo instrumental Trio Music Company. Formado por Diego Dourado, tecladista e solista, Marcelo Resende, baixista, e Ivan Vieira, baterista, a banda interpretou sucessos da música brasileira e internacional. Tom Jobim, Elis Regina, Michael Jackson, Adele, Pixinguinha, Belchior, Marília Mendonça, entre outros, estiveram no repertório da apresentação.

Segundo Aparecida Felipe, a ideia da exposição surgiu no início da pandemia de covid-19, em 2020. Enfermeira por formação, ela havia enfrentado, anos antes, o surto global de H1N1, como profissional da linha de frente de um hospital público de Goiânia sabia bem da gravidade do novo vírus que aparecia. Também era conhecedora da importância das máscaras faciais na luta que teria que ser travada com o micro-organismo que já assombrava e causava milhares de mortes mundo afora.

Ela então começou a convidar artistas a trocarem as telas pelas máscaras, transformando o equipamento de proteção em obras artísticas. Como não havia possibilidade de uma exposição presencial, por conta do período de isolamento, as obras foram expostas no perfil do Instagram Galeria Virtual Arte em Goiás. Além de pintar as máscaras, os artistas também foram convidados a fazerem fotos usando o acessório, que também foram expostas na mostra virtual.

No decorrer da pandemia, o projeto foi crescendo, sendo que ao final, mais de 200 artistas expuseram suas obras na galeria virtual. De Goiás, a ideia foi alcançando outros estados e acabou extrapolando as fronteiras brasileiras. Além de artistas de todo o país, dois indianos e dois franceses também foram convidados e integraram o projeto.

Além de promover os fazedores de arte, a ideia de Aparecida foi incentivar o uso das máscaras. “Mesmo lá no começo, eu sabia que a covid-19 não era uma brincadeira. As pessoas precisavam usar o equipamento de proteção. E por outro lado, os artistas não tinham como trabalhar e expor suas obras. Juntamos as duas necessidades”, explicou.

A ideia da exposição presencial acompanhou a iniciativa desde o início. Assim que o coronavírus permitisse, as obras iriam encontrar o público. “Esse dia chegou. Eu vejo essa exposição como um grito de ‘vencemos a covid’. Mas também é um alerta para que as medidas sejam tomadas, para que esse vírus seja totalmente exterminado e, ainda, para o cuidado de se evitar novas tragédias como essa”, enfatizou Aparecida Felipe.

Para a mostra presencial, foram selecionadas obras de 85 artistas, que estão expondo as máscaras e as fotografias.  

Segundo um dos curadores da mostra, Gutto Lemes, que também tem uma máscara exposta, a ideia da exposição foi levada a um grande hospital que se instalou há pouco tempo na capital e também a um hotel, mas ele conta que a proposta não foi entendida pelas instituições.

No agradecimento à Assembleia Legislativa de Goiás pela cessão do espaço para que a mostra fosse realizada, Gutto enfatizou que a iniciativa possui um valor ainda maior que a arte. “É importante que esse momento não seja esquecido. Que também nunca se esqueça que não se pode negar a ciência”.

Vera Ritter, artista paraense, fez questão de vir a Goiânia participar do lançamento da mostra. Ela pintou duas máscaras para a exposição e a neta, que também está iniciando na arte, enviou dois trabalhos.

Para ela, trata-se de um momento histórico da humanidade e é gratificante poder participar, ainda mais de forma que ajudou às pessoas a enfrentar a pandemia. “Para mim é emocionante estar aqui hoje”, resumiu.

Além de Vera, também estiveram presentes à abertura da exposição Leandro Borges, também do Paraná e Leiliane Freires, de São Paulo.

Para a chefe da seção de atividades culturais da Alego, professora Ana Rita de Castro, a exposição foi capaz de transformar a dor da humanidade causada pela pandemia em beleza. “A gente fica triste com a pandemia da covid-19, mas é muito importante que nós façamos memória dela, para que nós possamos ressignificar esse momento de dor. E que possamos aprender com esse momento, que foi tão trágico. Nós podemos hoje fazer uma leitura da pandemia através da arte que vocês estão expressando aqui hoje”, disse ela.

Durante o lançamento da exposição, houve ainda um desfile com as máscaras feitas pelos artistas. Os próprios artistas e visitantes foram os “modelos” do desfile.

A mostra Convida ExpoArt 2023 é itinerante. Fica nas floreiras 1 e 2 do Bloco A do Palácio Maguito Vilela, até o próximo dia 18, com entrada franca. Depois ela segue para a sede do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) e, em seguida, para o estado do Paraná, onde vai passar por diversas cidades daquele estado.

Agência Assembleia de Notícias
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