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Projeto Abraçar que atua em saúde pública, traz especialista, hoje e amanhã, para identificar doenças do pulmão

04 de Maio de 2023 às 12:20
Crédito: Will Rosa
Projeto Abraçar que atua em saúde pública, traz especialista, hoje e amanhã, para identificar doenças do pulmão
Projeto abraçar

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), através da diretoria de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP), o Instituto Respiração e a multinacional Boehringer Ingelheim, estarão promovendo ao longo do dia de hoje e amanhã, o Programa Abraçar, no andar térreo do Palácio Maguito Vilela. Nesses dois dias, os servidores e a comunidade poderão averiguar gratuitamente como anda a saúde pulmonar, visando rastrear doenças pulmonares como o câncer de pulmão, o mais letal dentre os carcinomas.

Estavam presentes na abertura do evento: o Diretor-Executivo da Presidência, Rubens Kirsteim; o Diretor Adjunto da Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, Eduardo Bernardes; a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP) e representante do Instituto Respiração, a médica pneumologista Daniela Campos; os representantes da Boehringer Ingelheim, Evaldo José da Costa e Fêlix Magalhães, e ainda, diversos servidores da Casa. 

O Diretor-Executivo da Presidência, Rubens Kirsteim, destacou que por meio desta parceria, a Boehringer está trazendo esta cabine que permite detectar uma série de problemas pulmonares, especialmente dentre aqueles que são fumantes. Segundo ele, o mais importante é que, depois de detectar a doença, vai existir todo um acompanhamento por parte da SBP e, então, "a gente fica muito feliz de saber que é um programa que realmente vai ajudar no tratamento. A ideia é que os nossos servidores possam ter uma saúde plena, possam estar prevenindo e participando ativamente”. 

O Diretor Adjunto da Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, Eduardo Bernades, salientou que “de forma rápida vamos poder avaliar a saúde pulmonar dos nossos trabalhadores e identificar doenças pulmonares, portanto, a nossa orientação é que os servidores procurem esse serviço nesses dois dias. A perspectiva é atender o maior número de pessoas possível e superar as nossas expectativas. O mais importante desta parceria é a prevenção”. 

A médica especialista em pneumologia, Drª Daniela Campos, atestou que a Boehringer, ao desenvolver essa cabine instalada na Alego para o exame da espirometria, ganhou um prêmio de inovação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) durante a pandemia da Covid-19. Ela explica que essa inovação possibilitou que o paciente seja colocado na cabine fechada, com dois filtros HEPA, evitando que nem o ambiente e nem o técnico sejam contaminados. 

“O servidor que tiver seu exame realizado nesses dois dias vai passar pela consulta com a pneumologista, após ter acesso ao resultado. A ideia é orientar, medicar, encaminhar e cadastrar esses pacientes para que a gente possa seguir acompanhando, através do Instituto Respiração, para que a gente possa construir um banco de dados de pacientes com câncer de pulmão. Essa ação é para que a gente possa rastrear os pacientes que têm maior risco de desenvolver a doença, lembrando que o câncer de pulmão começa com um nódulo, mas o paciente na maioria das vezes não sente nada. Os pacientes que fumam por muito tempo são nosso grupo prioritário de investigação”, revela a especialista. 

A médica pneumologista que vai atender todos os servidores que realizarem o exame da espirometria nestes dois dias, trouxe diversas observações pertinentes às doenças pulmonares. Ela esclareceu que o câncer de pulmão é o que primeiro que mais mata e, em Goiás, ele está entre os 10 primeiros em número de casos de diagnósticos de câncer, apresentando um número de óbitos muito alto. Já a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a quarta doença que mais mata no estado. Isso porque ainda é grande o número de fumantes e o cigarro aumenta muito o risco destas e várias outras doenças. 

Já os representantes da multinacional entendem que a espirometria é indicada para pessoas acima de 40 anos, especialmente aqueles que fumaram por muitos anos. Nossa meta é identificar a DPOC e o câncer de pulmão. A espirometria é o exame essencial para esses diagnósticos. O paciente que fumou por muito tempo é muito propenso a ter essa doença. A Boehringer vai disponibilizar o exame e o instituto respiração vai disponibilizar o laudo. 

Cigarro eletrônico aumenta ainda mais o risco para as doenças do pulmão 

“A gente estava ganhando a guerra contra o cigarro. Se você pegar a faixa etária de 20 e poucos anos até 30 e poucos anos, essas pessoas já não fumam mais o cigarro convencional, mas ficaram adeptas do cigarro eletrônico. O eletrônico vicia tanto quanto o outro, mas a indústria vendeu a ideia que nele só existe vapor de água e que não tem nada dentro dele que seja prejudicial. Entretanto, as pesquisas mostram que ele tem nicotina, é lipossolúvel e aumenta gordura no pulmão, aumenta o risco de doenças, sendo composto de várias drogas prejudiciais”, explica a médica pneumologista, Daniela Campos . 

A legislação que existe para o cigarro convencional é a mesma do cigarro eletrônico, que proíbe que ele seja consumido em locais fechados, mas as pessoas fumam em salas, bares, boates e não respeitam isso. Por tudo isso, a gente tem que cobrar uma maior fiscalização para o cigarro eletrônico, porque as pessoas compram ele livremente pela internet. Então essa questão é muito séria, porque naquela fumaça contém muitos produtos químicos e radioativos que causam o câncer de pulmão, por isso os estudos cada vez mais mostram o quanto ele é nocivo.

Agência Assembleia de Notícias
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