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Coordenadora da UFG afirma que desmatamento afeta a biodiversidade no estado

30 de Maio de 2023 às 11:52

Coordenadora do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (UFG), conhecido como Lapig, a professora Elaine Barbosa da Silva participa da audiência pública em curso na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 30. No evento estão sendo debatidas políticas públicas e diretrizes para o combate ao desmatamento em Goiás. 

Elaine ressaltou a preocupante situação do desmatamento no estado nos últimos anos, destacando que Goiás aparece nos dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com expressivos índices de desmatamento, principalmente neste ano. A coordenadora do Lapig explicou que o laboratório atua no monitoramento do bioma Cerrado desde 1994, sendo pioneiro nessa iniciativa em Goiás. O sistema de alerta de desmatamento do bioma, desenvolvido pelo Lapig, ganhou destaque nacional, já que até então apenas o bioma Amazônia possuía monitoramento ativo de desmatamento pelo Inpe.

A professora ressaltou a importância de trazer os dados do desmatamento para discussão e apresentou os resultados obtidos pelo sistema Terra Brasilis, realizado pelo Inpe, que mostram o aumento do desmatamento no estado nos últimos anos. Ela explicou a metodologia utilizada pelo Lapig em parceria com o Inpe para validar e aprimorar os dados de desmatamento, utilizando imagens de satélite de alta resolução. Além disso, ela destacou a importância de ações de fiscalização e parcerias institucionais para o combate ao desmatamento.

“Apesar de Goiás estar dentro dos limites legais de desmatamento, o problema reside na fragmentação das áreas de vegetação remanescente, o que compromete a biodiversidade e a questão hídrica. Por isso a importância de preservar as áreas de recarga hídrica e promover ações efetivas para a preservação ambiental”, destacou Elaine.

A análise dos dados apresentados pela professora revela uma preocupante tendência de aumento do desmatamento em Goiás, especialmente em municípios como Niquelândia, Flores de Goiás, Caiapônia, Crixás, Cristalina, São João da Aliança, Formosa, Porangatu, Sítio da Abadia e Cavalcante. “São necessárias políticas públicas e ações concretas para frear o desmatamento, considerando a fragilidade das áreas já convertidas e a necessidade de equilíbrio entre o agronegócio e a preservação ambiental.”

A professora reforçou que é possível melhorar a produção agrícola e pecuária sem recorrer ao desmatamento, utilizando técnicas de manejo adequadas e aproveitando áreas já convertidas.

Agência Assembleia de Notícias
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