Doce ambrosia pode se tornar patrimônio imaterial goiano
Proposta do deputado Coronel Adailton (Solidariedade) prevê que a ambrosia, doce de origem portuguesa, seja declarado patrimônio gastronômico, cultural e imaterial goiano. O parlamentar registra, em justificativa, que a iguaria tem uma longa identificação com o povo goiano, desde que a então primeira-dama de Goiás, Gercina Borges Teixeira, a instituiu como uma sobremesa oficial do Palácio das Esmeraldas.
De acordo com Adailton, as primeiras-damas que sucederam a esposa do fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, deram continuidade ao costume, que assim se tornou tradição. O deputado relata que o escritor Bariani Ortêncio contava que todas as visitas ilustres que provavam o doce se apaixonavam por Goiás, o que tornou a iguaria uma sobremesa famosa no meio político e o doce preferido dos governantes do Estado, sendo apreciado por um número cada vez maior de pessoas.
Além da preferência das primeiras-damas, Adailton lembra que a ambrosia era o doce predileto da poetisa vilaboense Cora Coralina, que chegou a publicar sua receita, entre outras, no livro autoral "Cora Coralina: Doceira e Poeta", após se tornar doceira de profissão.
A ambrosia, ou manjar dos deuses, como também é conhecida, é feita à base de leite, ovos e açúcar, possui uma textura única e sabor marcante. “Ambrosia é um dos doces mais antigos de Goiás, de origem portuguesa, que data do século XIX e fazia parte de todos os almoços e jantares de gala. Hoje, continua sendo um dos mais festejados de nossa culinária goiana, sendo inclusive o doce oficial do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano”, alega o deputado.
O projeto de lei, que tramita com o número 10.097/23, foi protocolado na Assembleia Legislativa no final do mês de dezembro. A primeira análise da proposta será na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Casa.