Audiência pública, na Alego, debateu nesta 4ª feira, 31, a prevenção, conscientização e promoção da saúde mental
Contemplando o Janeiro Branco, o deputado Virmondes Cruvinel (UB) realizou juntamente com o Conselho Regional de Psicologia, a audiência pública que teve o objetivo de abordar a prevenção e a promoção da saúde mental. O evento ocorreu no auditório 2, localizado no térreo do Palácio Maguito Vilela, e contou com a participação de várias autoridades no assunto, servidores e comunidade.
Além do deputado, participaram da mesa dos trabalhos o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Wadson Arantes Gama; o superintendente de Políticas e Atenção à Saúde de Goiás, Paulo dos Santos, representando o governador Ronaldo Caiado (UB); o diretor de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Fernando Curado, representando o presidente Bruno Peixoto (UB); a presidente do Conselho Regional de Serviço Social, Sueli Almeida Neves Sousa; a representante da Comissão de Direito e Saúde da OAB, Ludmila Rosa Morais; o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho dos Profissionais da Secretaria Municipal de Educação, Márcia Friedrick; o diretor de Proteção Especial, Joseleno Vieira dos Santos, representando a secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Goiânia, Maria Yvelônia.
Ao fazer uso da palavra, o deputado Virmondes Cruvinel (UB) destacou que o evento é importante para debater e propor ações para a conscientização, prevenção e o tratamento dos transtornos mentais, em consonância com a Lei Estadual nº 14.556, de 25 de abril de 2023, propositura de sua autoria, que institui, em Goiás, o mês Janeiro Branco, de conscientização sobre a saúde mental.
O projeto de lei foi aprovado pelos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e proposto após sugestão do Conselho Regional de Psicologia. “Nós aprovamos esse projeto na Casa e o presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), também tem procurado realizar ações sobre o tema saúde mental incentivando a promoção de palestras, trabalho de orientação e prevenção. Por isso, estamos todos aqui para mostrar a importância que essa pauta tem aqui na Assembleia. Além disso, estamos dialogando com os poderes públicos e incentivando também os deputados nas cidades que representam para trabalhar com esse tema para que façamos ações periódicas nesse sentido para ajudar toda a população”, enfatizou.
O parlamentar afirmou ainda que a audiência pública também era necessária para coletar informações para a produção de uma carta aberta de apoio relacionada ao tema de saúde mental. "Que nós, como sociedade civil organizada, possamos ter esse compromisso como agenda institucional e seguir com essas discussões sobre a pauta não apenas em janeiro, mas o ano todo", finalizou.
Por sua vez, o diretor de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Assembleia Legislativa, Fernando Curado, disse que o debate é relevante principalmente nesse momento pós-pandemia de covid-19.
“Nós da diretoria de Saúde, assim como o presidente da Casa de Leis, Bruno Peixoto, temos incentivado a promoção de saúde mental na Assembleia. Temos no setor de saúde daqui mais de 10 psicólogos e dois médicos psiquiatras que atuam nessa área de saúde mental. A saúde tem sido algo preponderante na Casa, que, além dos atendimentos do centro de saúde, tem promovido audiências e debates relacionados ao tema”, destacou.
Já para o presidente do Conselho Regional de Psicologia (CRP), Wadson Arantes Gama, a discussão sobre a prevenção e promoção da saúde mental foi transformada em prioridade após a pandemia da covid-19.
Ao fazer seu pronunciamento, ele agradeceu a sensibilidade do presidente Bruno Peixoto (UB), que sempre abre espaço para as discussões sobre essa temática. Wadson ressaltou que as políticas públicas são fundamentais para revolucionar a saúde mental num mundo onde cada vez mais pessoas se dizem depressivas ou ansiosas, tornando o Brasil o País que mais consome medicação ansiolítica em todo o mundo.
“A nossa sociedade contemporânea valoriza muito mais o ter do que o ser. É uma sociedade imediatista, de telas, imagética, onde tudo é passageiro e pode ser descartável a qualquer momento, precisamos de mais empatia para curar todas as pessoas. A sociedade precisa se despertar para isso”, afirmou o presidente do conselho.
O deputado Mauro Rubem (PT) também esteve presente na audiência e pontuou que atua no Fórum de Saúde Mental há 25 anos. “Venho debatendo essa pauta desde a construção da política nacional de saúde mental e percebo que houve avanços, mas, de uns tempos para cá, tiveram alguns retrocessos, como a falta de verba para reestruturar a área de saúde mental para salvar vidas. Inclusive participo de um projeto do Instituto Olhos da Alma Sã, que visa discutir políticas públicas com o objetivo de prevenir o adoecimento mental e suas consequências”, disse.
O parlamentar pontuou a importância também de concurso público para a contratação de profissionais na área de saúde mental. Mauro disse ainda que as pautas do Janeiro Branco devem ser discutidas não apenas neste mês, mas no ano todo.
Além dos deputados e presidente do Conselho Regional de Psicologia, outros profissionais fizeram uso da palavra na audiência pública. O conteúdo na íntegra pode ser conferido neste link no youtube.