Deputado Dr.George Morais quer proibir plantio de árvore exótica em Goiás
O deputado Dr.George Morais (PDT) apresentou na Assembleia Legislativa de Goiás projeto que proíbe a produção de mudas e o plantio da árvore Tulipeira-africana no âmbito do Estado de Goiás. A planta também é conhecida como espatódea, bisnagueira, tulipeira-do-gabão, xixi-de-macaco ou chama-da-floresta. A proposta tramita na Casa com o n° 2637/24 e encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, sendo relatada pelo deputado Cristiano Galindo (Solidariedade).
Essa árvore atinge de 7 a 25 metros de altura (vírgula retirada) e é nativa da África tropical. É utilizada com frequência como planta ornamental em zonas tropicais e é muito apreciada pelas suas vistosas flores campanuladas de cor vermelho-alaranjada. Em condições favoráveis, a espécie é potencialmente invasiva. Tem raízes pouco profundas e são relativamente frequentes os casos de queda de galhos (podres), fazendo com que ela não seja uma boa opção em centros urbanos.
No Brasil é visitada por aves e insetos, no entanto apresenta natureza tóxica para os mesmos, que não estão adaptados às suas defesas químicas (vírgula retirada) e, portanto, sua presença como árvore paisagística pode impactar a já alterada população de insetos nas cidades, alterando a ecologia dessas espécies e assim dificultando a polinização de outras espécies de plantas, ou podendo inclusive afetar populações de abelhas de cultivadores, causando danos econômicos.
O deputado Dr.George diz que o projeto tem o objetivo de promover campanhas de conscientização junto aos municípios no intuito de tornar públicos os efeitos nocivos dessa árvore, que prejudica a biodiversidade e altera os ecossistemas locais. Além disso, sua capacidade de formar densos bosques pode contribuir para incêndios florestais, representando um risco ao meio ambiente. Apesar de ser apreciada por sua beleza ornamental, a introdução descontrolada dessa árvore em ambientes naturais pode resultar em impactos ambientais irreversíveis, comenta o parlamentar.
“A proibição da produção de mudas e do plantio dessa espécie é uma medida preventiva e proativa que contribuirá para a preservação do patrimônio ambiental”, finaliza o legislador.