Audiência pública na Assembleia debateu política antimanicomial e rede de atenção psicossocial
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT), em parceria com representantes de entidades da saúde mental, realizou audiência pública intitulada “Em Defesa da Luta Antimanicomial e da Rede de Atenção Psicossocial em Goiás". A audiência aconteceu no auditório 02, no térreo da Casa de Leis.
A mesa diretiva foi composta pelo deputado Mauro Rubem; pelo secretário municipal de saúde de Goiânia, Wilson Modesto Pollara; pela presidente do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), Sueli Almeida Neves Sousa; pela representante do Fórum Goiano de Saúde Mental de Goiás, Heloíza Massanaro; pela gerente de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Nathalia dos Santos Silva; pela coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Verde, Maria Amélia de Souza Moraes; e pela representante da Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental em Goiás, Vanete Rezende.
A audiência teve o objetivo de conscientizar sobre o mês de maio, que é considerado o mês da luta antimanicomial, um movimento importante em defesa dos tratamentos justos e dignos, que busca a valorização do fator humano e a importância da dignidade humana de pessoas em tratamentos.
Heloíza Massanaro, do Fórum Goiano de Saúde Mental de Goiás, falou sobre a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), na Capital. “Aqui em Goiânia, o primeiro CAPS foi inaugurado em 2000, e, atualmente, existem nove espaços desse modelo na Capital". Ela explicou que a maior parte dos usuários sofre de depressão, transtorno bipolar, além de uma parcela considerável de pacientes com esquizofrenia.
Mauro Rubem ressaltou que o modelo de atenção psicossocial em Goiás precisa de suporte. “Precisamos de apoio e ajuda para alavancar os CAPS de Goiás, para melhorar os atendimentos e até a estrutura do local”, pontuou.
Já Sueli Almeida Neves Sousa, presidente do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), comentou sobre a importância de ouvir o usuário do serviço. “O usuário do CAPS tem que ter seu lugar de fala. Não somente em questão de saúde mental, em outras questões sociais também”, sublinhou.
A representante da Associação de Usuários dos Serviços de Saúde Mental, Vanete Rezende, reivindicou melhorias no CAPS Ipê. “Na nossa unidade, temos muitos psiquiatras e, às vezes, não é suficiente. Temos que ter também enfermeiros e outros profissionais que possam estar lá, disponíveis para melhor adaptação dos usuários da unidade”, finalizou.