Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno lança novo relatório em audiência pública no Legislativo
Por iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT), o auditório 1 do Palácio Maguito Vilela, sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi palco para o Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno lançar o Relatório de Violações de Direitos Humanos de Goiás 2023, em audiência pública na manhã desta segunda-feira, 5.
Além do deputado, participaram da mesa dos trabalhos o frei José Fernandes, da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e, ainda, as coordenadoras do comitê, Angela Cristina Ferreira e Cláudia Nunes. Marcaram presença representantes de diversas pastorais em Goiás, tais como: Pastoral da Terra, Pastoral de Rua, Pastoral carcerária e, ainda, povos indígenas representantes dos avás canoeiros, iny karajá e tapuia. .
Conforme a entidade, nesta quinta edição o documento traz o relato dos casos mais emblemáticos de violações de direitos humanos ocorridos em Goiás, dispostos em nove capítulos: Consolidação de um Estado Autoritário; Sistema Prisional; População de Rua; Impacto da Mineração em Catalão e Ouvidor; Liberdade de Imprensa; Povos Indígenas em Goiás; Despejos; Povos Ciganos; e, por último, Conflitos de Terra.
Mauro Rubem ressaltou a importância do documento, que coloca aos ativistas dos direitos humanos a tarefa de responsabilizar todos aqueles que violaram esses direitos em Goiás. O relatório também contempla a situação de Israel e da Venezuela.
Ao fazer a apresentação do relatório, a representante do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, Cláudia Nunes, disse que a abertura do documento foi feita a partir da conjuntura internacional. "Aquilo que está sendo decidido na geopolítica internacional revela como os governos de todo o mundo vão tratar suas populações”.
Em suas considerações, Nunes também abordou contexto regional.
Em seguida, Angela Cristina Ferreira também representante do comitê, fez uso da palavra para descrever a situação da população em situação de rua. “Tivemos um retrocesso com um aumento dessa população, mas com queda dos serviços ofertados. É uma população majoritariamente masculina, negra e jovem que sequer foi identificada pelo censo demográfico. Pautas como direito à saúde, educação, trabalho, moradia não contemplam essas populações, sendo várias as violações dos direitos”, segundo apontou a representante.
Ao longo da manhã, as representantes expuseram, em detalhes, todos os nove pontos descritos em 286 páginas.