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Cultura, Esporte e Lazer

30 de Outubro de 2024 às 11:50
Crédito: Will Rosa
Cultura, Esporte e Lazer
Audiência pública (previsão e execução orçamentária da cultura e do esporte em 2024)
Comissão promoveu audiência pública nesta quarta-feira, para debater o planejamento orçamentário para o setor cultural relativo ao exercício de 2024. O evento foi intermediado pelo presidente do colegiado, Mauro Rubem.

A Comissão de Cultura, Esporte e Lazer da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou, na manhã desta quarta-feira, 30, audiência pública para debater o planejamento orçamentário para o setor cultural relativo ao exercício de 2024. O encontro teve local no auditório 2 do Palácio Maguito Vilela e foi intermediado pelo presidente do colegiado, deputado Mauro Rubem (PT).

Além do parlamentar, tomaram assunto à mesa dos trabalhos: o pró-reitor de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás (UFG), Francisco Guilherme de Oliveira Júnior; Mauro Pereira, representando a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás; pró-reitor de Extensão do Instituto Federal de Goiás (IFG), William Batista dos Santos; representante do Escritório Estadual do Ministério da Cultura em Goiás (MINC), Milton José Gonçalves Júnior; professor da faculdade de Educação Física da UFG, Wilson Lino; professor de artes marciais Nilton Antonio; artista plástica Vânia Ferro; e de forma remota o diretor do Sistema Nacional de Cultura, Lindalvo Júnior

Ao iniciar a audiência, Mauro Rubem destacou que o objetivo do encontro era estabelecer dois grupos de trabalho, um focado em esporte e outro em cultura para acompanhar as políticas públicas voltadas as áreas. “Seja na execução ou no orçamento para o esporte e a cultura, seja cobrar a quem cabe o serviço, prefeitura, Estado ou União. Irrigar a Comissão de Cultura, Esporte e Lazer com propostas de adequação e melhorias nessas políticas e principalmente trazer para a seara pública mais força política para os fazedores de esporte e cultura.”

Por fim, o deputado destacou que efetivar as políticas públicas é fundamental para possibilitar que a população tenha acesso à cultura. “Precisamos potencializar aqueles que põem a mão na massa e que fazem a cultura acontecer. Queremos colocar em prática uma lei que determine a aplicação as políticas públicas de acesso aos ambientes de cultura”, encerrou.

Recursos para Goiás

Lindalvo Júnior observou que é imprescindível que o Estado tenha a sua própria lei de cultura e parabenizou a iniciativa da Comissão de Cultura em acompanhar as políticas públicas na área. “O Estado tem o orçamento necessário e com esse acompanhamento podemos monitorar a aplicação desse orçamento. Pois é preciso entregar esses recursos aos fazedores de cultura e estruturar de forma sistêmica nossas políticas de cultura. É preciso alcançar a perenidade do setor cultural e por isso a execução precisa ser bem-feita.”

Milton José Gonçalves Júnior falou de políticas nacionais voltadas para a cultura e como elas fomentam o setor. “O que nós avançamos nesses últimos dois anos foi muito grande. O setor cultural cresceu mais que o setor automobilístico no pós-pandemia. O investimento em cultura não é gasto, pois esse dinheiro volta aos cofres públicos por meio de eventos com a sociedade, que fomentam o turismo e a geração de renda”, destacou.

Por fim, o representante do Ministério da Cultura apontou que Goiás foi um dos primeiros estados a receber recursos federais por intermédio da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura e que os valores serão repassados para mais de 200 municípios goianos que aderiram ao programa, que repassou R$ 40 milhões para o Estado.

Na sequência, Vânia Ferro apenas parabenizou as iniciativas de Rubem em favorecimento da Cultura, Esporte e Lazer. Após a fala da artista plástica, o representante da Academia Feminina de Letras também fez uma breve intervenção para ressaltar que é essencial para o funcionamento da cultura a troca de informações e sugestões.

Esforços coletivos

Ao falar sobre esportes, Wilson Lino evidenciou que os esportes de alto rendimento são os que mais recebem recursos, mas em contrapartida o recurso destinado a facilitar o acesso das minorias ao esporte representa uma pequena parcela. Assim, ele apontou que é essencial a colaboração de várias entidades do setor público e privado para a aplicabilidade de políticas públicas efetivas.

 “Eu gostaria de chamar atenção para a necessidade de se criar um sistema unificado de acesso ao esporte. Esses programas precisam dialogar e dar perspectiva de qualidade e futuro do esporte. E possível capilarizar as ações para beneficiar os municípios e valorizar não apenas o que está na mídia. Política pública para um país como o nosso, com tamanhas dimensões, é uma demanda de muita complexidade e por isso precisaremos de todo mundo”, declarou o professor.

Francisco Guilherme de Oliveira Júnior disse que é necessário pensar em parcerias, sobretudo, com as instituições de ensino superior. “Por vezes, falta para a nós, da cultura e do esporte, falta principalmente a questão das estruturas. Pensar nessa parceria com o Legislativo e as universidades é muito importante para democratizar o acesso e ter transparência quanto aos recursos, pois também existe a prestação de contas que precisa ser feita. ”

William Batista dos Santos fez suas contribuições em sequência e observou que a instituição já possui atividades desenvolvidas junto a diversos municípios da população goiana e ressaltou que ao realizar atividade in loco, foi possível observar a perspectiva de quem mais precisa e, portanto, desenvolver as ações necessárias nos pontos de maior demanda.

O último a fazer sua intervenção foi o professor Nilton Antonio, conhecido como Mestre Kalifa. Ele fez uma breve consideração do trabalho que desenvolve junto a jovens em vulnerabilidade social. “Eu e minha equipe ministramos aulas de artes marciais de forma gratuita e com toda a logística necessária. E tudo isso para contribuir para que esses jovens não caiam no mundo do crime, pois enquanto ele podia estar na rua servindo de 'avião' para o tráfico, eles estão na minha academia treinando”, encerrou. Para esclarecimento, avião é um termo utilizado para designar pessoas envolvidas no tráfico de drogas, responsáveis por intermediar o contato entre o usuário e o traficante.

Após as falas dos integrantes da mesa dos trabalhos, Mauro Rubem retornou com a palavra para reforçar que os grupos de trabalhos poderão ser compostos por qualquer um que se interesse. Até o momento final do encontro, 18 pessoas tinham manifestado interesse em participar do grupo de esporte e 29 no grupo de cultura. Na sequência, a palavra foi franqueada ao público para contribuições e sugestões. Em geral, o público parabenizou a iniciativa da comissão em estabelecer os grupos de trabalho e se colocar a disposição para somar esforços.

Agência Assembleia de Notícias
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