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Assembleia Legislativa de Goiás celebra o Dia da Consciência Negra com debate e sessão de cinema sobre o tema

21 de Novembro de 2024 às 07:00
Crédito: Sérgio Rocha
Assembleia Legislativa de Goiás celebra o Dia da Consciência Negra com debate e sessão de cinema sobre o tema
Sessão de cinema "Nepretude"

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) promoveu, na terça-feira, 19, várias atividades alusivas às comemorações do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. Uma dessas atividades foi a sessão de cinema “Nepretude”, onde foram exibidos vários curta-metragens e vídeos sobre a cultura negra e participação de artistas negro no cinena brasileiro. Também ocorreu uma roda de debate sobre o tema. 

O objetivo do evento foi promover a valorização e o protagonismo da população negra nas artes cinematográficas e no audiovisual do Brasil, dentro das comemorações do Dia da Consciência Negra, 20, data simbólica e de extrema importância para a comunidade.

Estudantes, acadêmicos e servidores da Casa de Leis tiveram a oportunidade de assistir a filmes voltados à realidade negra, que destacam personagens negros em papéis centrais e tratam de questões relevantes dessa parcela da sociedade. 

Entre os organizadores, esteve a servidora da Alego Raquel Eshilley. Ela explicou que o termo “Nepretude” é a junção de “pretitude”, para quem se identifica como preto, e “negritude”, para quem se identifica como negro, e que o evento reúne produções de alunos e formados do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Para uma plateia de 77 pessoas, foram apresentados seis filmes, sendo três curta-metragens, dois videoclipes e um vídeo experimental, entre eles: 

  1. O videoclipe "Preto", produzido pelo cantor e produtor Rafael Garcia Ferreira (Faell); 
  2. O curta metragem ficcional "Dandara", de autoria de Raquel Rosa; 
  3. O vídeo curta metragem experimental "Exotismos", de Alessandra Gama; 
  4. O videoclipe "O mundo é Nosso", de Hudson Cândido; 
  5. O curta metragem "Courage", produzido pela estudante camaronesa Grace Elvira Djeundjie Habit; e 
  6. O curta metragem "Eu não nasci pra isso", de Éric Ely.

O produtor e cantor Faell trabalha numa empresa de audiovisual, a Plural, a maior produtora de audiovisual de Goiás. Ele, que tem vida de artista em segundo plano, considera a realização do Nepretude um grande avanço para o Estado. “A Alego está fazendo um trabalho excelente em Goiás, que é dar voz, não só para os artistas, mas principalmente para a cultura preta, ainda mais pra mim, que sou do Hip Hop, uma cultura que não é tão forte em Goiás, onde predomina o sertanejo”, afirma.

O professor Sandro de Oliveira, um dos organizadores da sessão de cinema, destacou que a sessão de cinema Nepretude, durante as comemorações da Consciência Negra na Alego, foi de extrema importância para essa nova safra de produtores do cinema e audiovisual. "Se a gente conseguir, entre as 77 pessoas, que uma seja tocada pelo audiovisual e comece a assistir mais filmes goianos e a participar de mais eventos do cinema, teremos atingido nosso objetivo, que é levar a cultura negra à sociedade", destacou. 

Raquel Eschilley discorreu sobre a questão racial no Brasil. "A nossa luta contra o racismo sempre vai existir: Desde quando acordamos até quando adormecemos. O Dia da Consciência Negra, 20, é somente para reafirmar nossas lutas. O racismo sempre vai existir, mas nós estamos de pé lutando contra.”

Programação

Na programação, os participantes também puderam participar da Roda de Conversa, com convidados acadêmicos e especialistas, para debates temáticos sobre a história da participação negra no cinema, do desenvolvimento da consciência crítica sobre os estereótipos e representações da população negra nas mídias audiovisuais. 

Também foram debatidos os impactos dessa leva de profissionais do audiovisual na comunidade cinematográfica e da percepção social na sociedade sobre os avanços das narrativas das vidas das pessoas negras presentes nas produções exibidas.

Nos debates, mediadores e plateia puderam avaliar as perspectivas futuras para o aumento da inclusão negra nas produções audiovisuais; discutir sobre as ações necessárias para estimular os profissionais negros nas produções cinematográricas e criar um ambiente de diálogo entre os estudantes, acadêmicos e especialistas, a fim de incentivar a troca de ideias sobre a inserção da população negra no universo do cinema e no audiovisual. 

A atividade foi idealizada por Raquel Eshilley, servidora da Alego e aluna do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG), por meio da Seção de Atividades Culturais, em parceria com o projeto de extensão Clube Laranjeiras, coordenado pelo professor Sandro de Oliveira, ambos mediadores dos debates. Também contou com a participação dos alunos e curadores Antônio Augusto Ribeiro, Nikolas Nogueira Santos e Samantha Ilmeida Charlette Kpatoukpa.

Agência Assembleia de Notícias
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