Durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária híbrida na manhã desta quinta-feira, 24, no Plenário Iris Rezende Machado do Palácio Maguito Vilela, o deputado Paulo Cezar Martins (PL) usou a tribuna para expressar críticas à postura de membros de seu partido e, principalmente, ao que classificou como “abusos cometidos pelo governador do Estado de Goiás”.

O parlamentar iniciou seu pronunciamento dirigindo-se à Mesa Diretora, aos colegas deputados e à imprensa presente, deixando clara sua indignação com a decisão de integrantes do Partido Liberal sobre a chamada “anistia” relacionada aos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. Martins afirmou não ter sido consultado sobre a decisão e se posicionou contra a retirada da ação. “Eu sou do PL, tenho a honra de ser da família do PL, mas não fui comunicado e nem me perguntaram se eu era contra ou a favor da posição que algumas pessoas do PL tomaram”, comentou.

Paulo Cezar criticou o governador de Goiás, acusando-o de abuso de poder político e uso da máquina pública em benefício próprio durante o período eleitoral. “O governador cometeu erro eleitoral, abuso de poder. Usou a estrutura para fazer campanha”, afirmou.

Martins também repudiou a tentativa de negociação por anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, criticando novamente a postura do governador à época dos acontecimentos. “Como é que vai negociar uma anistia com um cara que estava querendo prender as pessoas lá em Brasília? Isso é uma hipocrisia que a gente não tolera”, disparou.

O legislador reafirmou sua posição contra irregularidades, mesmo quando estas envolvem membros do próprio partido. “Eu não posso admitir acordos, não posso admitir coisas erradas. Como sempre preguei, não fico em cima do muro. Não fui consultado e, por isso, não posso concordar com essa desistência da ação”, disse.

Concluindo seu discurso, o deputado reiterou a importância da honestidade, do respeito e da coerência na vida pública: “A política deve ser feita com entusiasmo, sinceridade e caráter. Não podemos fazer discursos de ocasião ou de oportunismo. É preciso ter posição”.