"Não me calarei diante da violência e da agressão", afirma Bia de Lima
A deputada Bia de Lima (PT) foi a primeira a pedir a palavra durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 27, e aproveitou a oportunidade para agradecer as diversas manifestações de apoio que recebeu ao longo dos últimos dias, após desavenças com o deputado Amauri Ribeiro (UB).
“Quero agradecer pela presteza da presidência desta Casa, pelo estabelecimento da Comissão de Ética da Assembleia neste caso, e que possa apreciar devidamente a minha solicitação. Agradeço aos parlamentares pela seriedade na condução deste caso. Não se tratam de questões ideológicas e sim de repetidos casos de agressão e violência”, afirmou Bia de Lima.
A deputada disse que o Parlamento é um espaço de debate de ideias e ideologias, mas que, desde o começo do seu mandato, vem sendo atacada de forma pessoal, com apelidos chulos e desrespeito.
“O que está em questão é a civilidade que tem que reinar no Parlamento, o zelo perante à pessoa e perante à mulher. Não cheguei aqui sozinha e não ficarei só. Meu trabalho e minha luta não são por mim, minhas pautas são dos meus eleitores, de conhecimento público e de anos de trabalho defendendo pessoas que não tem voz e aqui podem ter. Achar que vou me calar com violência e agressão não funcionará; em nome de todas as mulheres, sem distinção, estarei aqui. Não aceitarei mais a violência política de gênero. Não me calarei diante da violência, da agressão e da opressão dentro desta Casa”, enfatizou a deputada.