Ícone alego digital Ícone alego digital

Mauro Rubem denuncia atraso no salário de trabalhadores de maternidades de Goiânia

03 de Junho de 2025 às 15:48

Durante o Pequeno Expediente da sessão ordinária realizada desta terça-feira, 3, o deputado Mauro Rubem (PT) utilizou a tribuna para relatar a situação de trabalhadores e trabalhadoras da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) e do Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia. O parlamentar disse que mais de 1.200 profissionais da Saúde estão com os salários atrasados e com direitos trabalhistas ameaçados, após o rompimento do contrato com a Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável pela administração das unidades.

Em sua fala, Mauro solicitou que fosse registrada como visita honrosa a presença, no plenário, dos trabalhadores da saúde afetados pela situação, assim como da presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Roberta Rios, e de demais dirigentes sindicais presentes. Ele leu uma carta redigida pelos próprios trabalhadores, entregue aos parlamentares presentes e, segundo ele, enviada também aos demais deputados que não estavam no plenário naquele momento.

Segundo o deputado, na carta, os profissionais relatam o abandono enfrentado desde a saída do IGH, o fechamento do escritório da organização em Goiânia e a ausência de qualquer interlocução com a nova gestora, a organização social (OS) Terezinha de Jesus. “Mesmo assim, nós trabalhadores mantivemos nosso compromisso de atender o povo. Não deixamos de prestar o serviço mesmo diante dessas imensas dificuldades e incertezas”, leu Mauro, reproduzindo o conteúdo da carta. “Vivemos a insegurança de não receber salário, de ter nossos direitos trabalhistas prejudicados. Estamos com contas atrasadas e sem saber do nosso futuro”, completou.

De acordo com o legislador, a responsabilidade sobre a situação recai sobre o Estado de Goiás, que contratou a organização social. “O estado foi quem contratou e contrata as OSs. Entendemos que o estado é o avalista desse contrato”, pontuou. Segundo ele, é dever do poder público assegurar os direitos desses profissionais, independentemente da forma de contratação. “O Governo de Goiás pode e deve interferir para proteger os direitos dos trabalhadores. Basta a boa vontade”, enfatizou.

O parlamentar também chamou atenção para a recorrência de situações semelhantes. “É a 12ª ou 13ª que uma OS dá calote nos trabalhadores. Isso é impossível”, lamentou. Ele mencionou ainda o drama pessoal de uma enfermeira que deu à luz recentemente e que está sem garantias de acesso ao auxílio-maternidade ou ao seguro-desemprego.

Mauro Rubem concluiu sua fala com um apelo ao líder do Governo na Casa, deputado Talles Barreto (UB), a quem reconheceu como sensível ao tema, para que se una a ele na criação de uma comissão com o objetivo de buscar soluções concretas. “Deputado Talles Barreto, peço aqui que façamos essa iniciativa, que a gente vá atrás dos recursos. Eu sei que o senhor já fez isso outras vezes, mas eu peço mais uma vez, porque eles estão aqui”, reforçou, referindo-se aos trabalhadores presentes na galeria.

Agência Assembleia de Notícias
Compartilhar

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse nossa política de privacidade. Se você concorda, clique em ESTOU CIENTE.