Exposição inclusiva oferece experiência sensorial para pessoas com deficiência

Até a próxima sexta-feira, 6, deputados, servidores e o público que vier ao Palácio Maguito Vilela poderão conferir a exposição de arte inclusiva "Fauna e Flora do Cerrado”, voltada, principalmente, para pessoas com deficiência. A mostra tem por objetivo tornar a arte acessível para todos, usando os recursos disponíveis para que pessoas cegas, surdas, mudas ou com outras deficiências possam apreciar as obras.
A exposição trouxe para a sede do Poder Legislativo goiano 20 obras produzidas pelos alunos do curso de pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (FE/UFG) e retratam animais e plantas do Cerrado, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o ipê amarelo. As obras são feitas em alto relevo e contam com audiodescrição e informações em libras.
A exposição é um projeto de extensão da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (FE/UFG), coordenado pela professora Ana Flávia Teodoro. Segundo ela, pessoas que não têm deficiência também podem visitar a exposição com os olhos vendados, guiados por monitores, para vivenciar a experiência de um deficiente visual. A ideia é despertar a empatia. “Eu acho que é uma maneira de trabalhar a alteridade, trabalhar a inclusão, para que a pessoa também se coloque no lugar desse outro, que tem deficiência. Então essa é a ideia”, afirmou Ana Flávia.
Teodoro explica ainda que a proposição contribui na preparação dos estudantes, que vão trabalhar em sala de aula, para lidar com alunos com deficiência: “Para os alunos do curso de pedagogia, isso é muito formativo, porque eles vão trabalhar com alunos com diversas deficiências, dentre elas, pessoas surdas, pessoas cegas, então é uma forma de levá-las a refletir sobre a questão da inclusão”.
Para o deputado Lincoln Tejota (UB), que apresentou a exposição ao presidente da Casa, deputado Bruno Peixoto (UB), a mostra é uma oportunidade de todos que frequentam a Assembleia Legislativa de conferirem obras de arte diferentes da maioria das que estão expostas nos museus. “Eu sou amante das artes, sempre que eu estou aqui eu gosto de visitar as exposições, quando eu viajo eu gosto de visitar museus, mas você não toca. E o grande diferencial é esse: é uma arte inclusiva que vem para ser tocada, e eu acho que principalmente para tocar no coração das pessoas”, destacou Lincoln.
Tejota ainda destacou a importância de um espaço como o Parlamento goiano sediar uma exposição dessa natureza: “Eu quero parabenizar todos aqueles que participaram da elaboração dessas artes e dizer que a Assembleia se sente muito orgulhosa. Em nome do presidente Bruno Peixoto, a gente espera recebê-los aqui mais vezes, espera ter maior participação da UFG, de todas aquelas pessoas que querem expor. A Casa sai mais bonita, mais enriquecida e eu acredito que, com certeza, fica marcado na Assembleia Legislativa”.
Essa é a segunda exposição inclusiva montada no projeto de extensão da FE. A primeira foi no ano passado e retratou obras de grandes artistas, como Frida Kahlo, Tarsila do Amaral e Andy Warhol.
Quem passou pela exposição também aprovou a iniciativa. Foi o caso da servidora da Alego Jaqueline Silva, que destacou, além da inclusão, a beleza e a criatividade das obras: “Bonito, interessante e muito criativo. Os elementos que eles usaram eu achei diferente, gostei. E também é inclusiva. Observei o Braille e a gente achou interessante para poder tocar. Gostei muito”.
Pelo perfil do Instagram @exposicaodearteinclusiva, você pode acompanhar o Projeto Exposição Inclusiva.