Ruffo de Freitas entende que todos precisam ter acesso a ciência
Depois de receber das mãos da deputada Bia de Lima (PT), a mais alta honraria concedida pelo Legislativo goiano, a Medalha Pedro Ludovico Teixeira, médico e pesquisador Ruffo de Freitas Júnior fez seu pronunciamento e agradeceu a homenagem recebida na manhã desta segunda-feira, 23.
“Estou entre a felicidade e tristeza. Mas obrigada, deputada, por valorizar a pesquisa em Goiás. A satisfação é indescritível, mas a tristeza é saber que, apesar de trabalhar com pesquisa, perdemos muitas vidas e por isso peço que todas fiquem de pé para que se faça um minuto de silêncio”, solicitou.
Segundo ele, em Goiás existe o que tem de mais pujante em pesquisa, cirurgia e as melhores técnicas do mundo, onde se recebe profissionais de diversos países do mundo para serem treinados aqui. Ele avalia que Goiás tem, certamente, o que de mais moderno para o tratamento de câncer, principalmente o câncer de mama.
“É fascinante participar disso tudo, mas por outro lado revelo a minha insatisfação. Em 2023, em cada duas mulheres, uma teve seu tumor detectado em grau 3 ou 4, ou seja mais de 50%. Essa é uma dor que a gente sente. Por um lado, podemos fazer o melhor, mas por outro, vemos mulheres morrendo por não terem acesso ao tratamento”, lamentou o médico.
Ruffo Júnior falou do projeto desenvolvido na cidade de Itaberaí, como o primeiro estudo randomizado para reduzir em 50% os estágios 3 e 4 do câncer de mama de mulheres que puderam participar desse experimento científico. “Foi utilizado uma grande organização e conhecimento e nada de grande fortuna foi empregado. Fico feliz quando a gente consegue fazer alguma coisa diferente”, finalizou.