Antônio Gomide aponta aumento da desigualdade social em Goiás
O deputado Antônio Gomide (PT), durante Ordem do Dia na sessão ordinária híbrida desta quinta-feira, 26, fez críticas à gestão do governador Ronaldo Caiado (UB), destacando, entre outros pontos, o enfraquecimento das políticas públicas voltadas ao funcionalismo e o agravamento da desigualdade social no estado.
Ao comentar a fala do líder do Governo, Gomide pontuou que o debate sobre a situação de Goiás deve ser feito com base na realidade vivida pelos cidadãos, e não apenas em números de pesquisas eleitorais. “Alguns se guiam por pesquisas pagas, mas a realidade está nas ruas, nos municípios, com os servidores públicos. Eles são o verdadeiro termômetro de como anda a gestão estadual”, afirmou.
Segundo o parlamentar, a percepção dos servidores, como professores, profissionais da saúde, policiais civis e militares, deve ser considerada fundamental para avaliar o Governo. “Pergunte em cada município como esses trabalhadores enxergam o governador Ronaldo Caiado. Eles são o verdadeiro cabo eleitoral dele, e não estão sendo bem tratados”, observou.
Gomide citou uma série de medidas que, em sua avaliação, prejudicaram o funcionalismo público estadual; entre elas, a retirada da licença-prêmio, a suspensão da titularidade dos professores, o corte de 2% no orçamento da UEG, e o fim do hospital do servidor. “Essas ações revelam o distanciamento do Governo em relação à valorização dos servidores”, criticou.
Outro ponto de destaque no discurso foi a desigualdade social. O deputado apresentou dados da Fundação Mauro Borges, que apontam Goiás como o quinto estado mais desigual do Brasil. “Está ficando cada vez mais rico, mas o povo está ficando mais pobre. Isso é extremamente preocupante. Um por cento da população mais rica detém 30% da renda total”, alertou.
Gomide encerrou sua fala pedindo mais sensibilidade por parte do governador. “Não basta cuidar apenas da questão fiscal. É preciso olhar para as pessoas, para as famílias que estão ficando para trás em um estado que cresce, mas cresce sem repartir as oportunidades”, concluiu.