Prematuridade é a principal causa de morte em crianças abaixo de 5 anos, alerta diretora de ONG
Durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 2, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani, fez um apelo por políticas públicas eficazes para enfrentar os desafios da prematuridade no Brasil. O evento é promovido pelo deputado Gustavo Sebba (PSDB), com foco na construção de uma legislação estadual pioneira sobre o tema.
Em sua fala, Denise destacou a gravidade do cenário atual. “Hoje, a prematuridade é a principal causa de morte entre crianças menores de cinco anos. Precisamos discutir esse problema com seriedade, e temos aqui profissionais altamente qualificados para isso”, afirmou.
A diretora reforçou a importância da criação de leis que gerem impactos reais na vida das famílias afetadas: “O Brasil precisa, de fato, implementar legislações que façam a diferença. Quero agradecer por este espaço de diálogo e dizer que estamos aqui para unir forças. Nosso objetivo é garantir equidade e justiça social às famílias de prematuros".
Suguitani também enfatizou a necessidade de mudar o olhar sobre as crianças nascidas prematuramente. “Esperamos que Goiás seja pioneiro nessa causa. Que possamos enxergar e catalisar todas as potencialidades dos prematuros, em vez de nos concentrarmos apenas nas limitações”, concluiu.
UTI humanizada
Depois, foi a vez do convidado Jhony Clayton da Silva falar em nome das famílias de bebês prematuros. Durante sua participação, Jhony detalhou as dificuldades enfrentadas durante os dias em que passou imerso em uma UTI neonatal. "Foi muito difícil, mas se fosse preciso eu passaria tudo de novo. O pior é que muitas famílias não têm esse privilégio e acabam saindo dali sem suas crianças", disse, ao detalhar os episódios que testemunhou enquanto acompanhou seus dois filhos no hospital.
Em outro ponto do discurso, Jhony enfatizou a importância da vacinação para os prematuros. "Foram dois ciclos fundamentais para que eles tivessem a saúde que têm hoje. É muito importante salientarmos esse assunto em um encontro como esse. Outras famílias virão e eles precisam ser bem-informados, bem-acolhidos e tratados. Que esse momento seja um pontapé no sentido de promover o acolhimento das famílias, pois o que mais abala em quem está em uma situação como essa é, sem dúvida, o psicológico", pontuou.