Clécio Alves detalha situação de pessoas que vivem em lixões
No Pequeno Expediente da sessão ordinária desta terça-feira, 5, o deputado Clécio Alves (Republicanos) foi o primeiro a usar a tribuna, onde apresentou um parecer sobre a realidade dos lixões de Goiânia e dos principais municípios do interior goiano.
Alves usou seu tempo para relatar seu compromisso de combate à negligência acerca da questão dos lixões em todo o Estado de Goiás. Ele afirmou, na condição de presidente da Frente Parlamentar pela Erradicação dos Lixões no Estado de Goiás, que o grupo parlamentar defende uma agenda firme e resoluta para conhecer de perto a realidade dos municípios, dialogar com instituições estratégicas e mobilizar forças sociais e técnicas em prol de uma solução definitiva para o problema.
Nas visitas aos municípios, o parlamentar afirmou que conheceu de perto a realidade dessas regiões. Entre junho e agosto, foram realizadas reuniões técnicas com o Instituto Valoriza Resíduos, com a Associação Brasileira de Resíduos Meio Ambientes (Brema), com a Ordem dos Advogados do Brasil Secção Goiás (OAB-GO) e com o Conselho Regional de Engenharia, Agronomia e Instituições (CREA-GO), que expressaram compromisso com o enfrentamento do passivo ambiental e social representado pelos lixões ainda existentes em dezenas de municípios goianos.
Clécio compartilhou a degradação e a dificuldade de pessoas que vivem nesses lixões, convivendo com urubus e ratos, disputando migalhas entre resíduos orgânicos em decomposição. “Nenhum relatório, nenhuma fotografia, nenhum mapa aéreo, por mais detalhado que seja, é capaz de transmitir o que nossos olhos viram e o que os nossos corações sentiram nas visitas técnicas realizadas no lixão privado de Padre Bernardo, da empresa Ouro Verde; e nos lixões municipais de Formosa, Anápolis, Santo Antônio de Descoberto, Piracanjuba e Caldas Novas”, salientou.
Por fim, o legislador relatou as condições de pessoas e menores de idade que vivem nessa condição vulnerável, em circunstâncias precárias. “Vimos crianças expostas a chorume tóxico e a resíduos hospitalares, trabalhadores informais sem qualquer proteção, lençóis freáticos e águas subterrâneas contaminadas, além de animais agonizando e disputando espaço e comida em meio ao lixo com seres humanos”, encerrou.