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Representantes listam problemas nas unidades de saúde na capital

07 de Agosto de 2025 às 12:30

Na audiência pública para debater a gestão da saúde em Goiânia, na manhã desta quinta-feira, 7, foram abordados, em especial, a falta de recursos, o risco iminente de perda de empregos e a carência de insumos para o segmento. O evento, no Auditório Francisco Gedda, da Casa de Leis, está sendo realizado por proposta do deputado Mauro Rubem (PT), com chamada para “Organizações Sociais (OSs) e a crise nas maternidades de Goiânia”.

Funcionários e especialistas trouxeram à tona desafios para superação o que eles consideram precariedade do sistema de saúde da capital goiana, em especial nas maternidades Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão, que, em outubro de 2024, suspenderam atendimentos devido à falta de repasses financeiros da Prefeitura de Goiânia.

“Deixar a população sem atendimento é um crime. É um crime o que está sendo feito contra as mulheres e crianças de Goiânia", declarou. Rubem, que questionou, ainda, o corte de verbas, mesmo em face de um orçamento bilionário para a saúde municipal. O deputado citou áreas essenciais atingidas, a exemplo dos profissionais anestesistas.

No início dos apontamentos, o representante dos trabalhadores da Maternidade Célia Câmara, Júnior Aparecido, comparou a gestão atual com a anterior para ilustrar o cenário da unidade. Segundo ele, a situação apresenta piora significativa. “Estão mexendo não apenas com os 1.261 funcionários que estão com risco de perder o emprego. Estão atrapalhando a população”, argumentou ao defender uma ajuda financeira urgente para a maternidade.

Insumos

Coordenador técnico da Maternidade Dona Iris, Tarik Saidah descreveu a instabilidade no fornecimento de insumos. Ele também denunciou que alguns médicos estão há meses sem receber salário e solicitou apoio da Assembleia Legislativa e dos vereadores de Goiânia para a regulamentação das organizações sociais (OSs) que administram as unidades.

O coordenador técnico da Maternidade Célia Câmara, Kleber Correia, destacou o papel da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FundaHC) como formadora de profissionais, e questionou a eficácia da mera troca de OSs na gestão das unidades de saúde. "Sem dinheiro não se faz saúde", enfatizou. Ele seguiu com críticas em relação à redução de profissionais e à falta de recursos.

Representante da FundaHC, Daniela Pessoa afirmou que o foco da entidade é garantir o respeito e a assistência não só a toda a população, mas também a trabalhadores, fornecedores e prestadores de serviços. Para ela, há indícios do fim dos convênios das maternidades com as OSs e reiterou o compromisso da FundaHC em lutar para que os trabalhadores e prestadores de serviços recebam seus direitos trabalhistas.

Ao fim do encontro, a diretora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, ratificou a fala dos médicos, enfatizando a necessidade de mais recursos. A diretora argumentou que o Conselho Municipal de Saúde rejeitou um plano de trabalho com orçamento de R$ 12 milhões por entender este insuficiente, apontando que o valor ideal seria de R$ 20 milhões. "O plano de saúde das três maternidades foi reprovado por saber que o valor imposto não atenderia a qualidade das unidades."

Agência Assembleia de Notícias
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