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Exposição e oficina de pintura integram primeira edição de projeto artístico itinerante voltado a pessoas com deficiência

15 de Agosto de 2025 às 17:30
Crédito: Maykon Cardoso
Exposição e oficina de pintura integram primeira edição de projeto artístico itinerante voltado a pessoas com deficiência
Abertura da exposição "Arte Inclusiva"

A mostra "Arte Inclusiva", resultado da reunião de 24 obras dos artistas goianos Délio Francisco, Alexandre Liah e Alberto Tolentino, foi aberta nesta sexta-feira, 15, no Palácio Maguito Vilela. A exposição faz parte da programação do projeto itinerante “Eixo, Educação e Cultura Popular" e ficará aberta ao público até o dia 29 de agosto. 

Sobre as obras, Délio Francisco destacou: “Minhas criações retratam a luta entre a preservação e a destruição da natureza, um reflexo do bem e do mal. Expor na Assembleia é também levar esperança e inspiração para pessoas com diferentes capacidades físicas”.

Alexandre Liah, com mais de dez anos de atuação em projetos sociais no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) e no Centro de Valorização da Mulher (Cevam), frisou a importância de democratizar o acesso à cultura: “Participar deste projeto reforça minha missão de usar a arte como instrumento de inclusão e humanização, aproximando a comunidade da cultura".

Primeira edição

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) foi escolhida para sediar a primeira edição do projeto, financiado pela Lei Aldir Blanc. Na parte da manhã, alunos do Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata (Corae) participaram de uma oficina de pintura no bloco C do Palácio Maguito Vilela. A instituição atende cerca de 60 alunos, distribuídos em diferentes turnos.

O deputado Mauro Rubem (PT), apoiador da iniciativa, participou da oficina e destacou a importância da arte e da cultura como instrumentos de transformação. “Hoje, por meio da arteterapia que está sendo desenvolvida aqui, nós estamos fazendo inclusão social", afirmou, mencionando que a Assembleia busca aumentar o orçamento para ações culturais e que a cultura é uma ferramenta para “quebrar paradigmas e preconceitos”.

Para o coordenador e idealizador da iniciativa, Mateus Flamarion, a proposta é romper barreiras e democratizar o acesso à arte e à cultura, especialmente para pessoas com deficiência. Ele enfatizou que a participação dos alunos gera protagonismo social e fortalece o sentimento de pertencimento. "É importante democratizar a arte e a cultura, que são sempre tão elitistas. Ao trazer esse tipo de dinâmica de arte e exposição, eu consigo atingir um público que tem pouco ou quase nada de acesso à cultura, que é o público PCD", explicou.

A chefe da Assessoria Adjunta de Atividades Culturais, Emiliana Pereira, comemorou a realização do evento na Casa, ressaltando a relevância da inclusão social: “Ficamos muito felizes quando o professor Flamarion nos procurou. Poder oferecer a estrutura para um projeto que visa à questão da arte e da educação, da acessibilidade, da inclusão social é muito gratificante. Mais uma vez reafirma que a Assembleia tem se tornado esse espaço de inclusão, de acolhimento, principalmente com projetos que buscam justiça social e são tão relevantes para a sociedade".

As próximas edições do projeto itinerante “Eixo, Educação e Cultura Popular" serão realizadas no Centro de Reabilitação São Paulo Apóstolo (Crespa), na própria sede do Corae e na Associação dos Surdos de Goiânia (ASG). São oferecidas oficinas de desenho, pintura e grafismo indígena, incentivando a expressão artística e fortalecendo os vínculos comunitários.

Agência Assembleia de Notícias
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